estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2005-07-07


Posted by Picasa Kazimierz Dolny, 29/6

Em casa do pintor Franciszek Kmita

Estavamos a passar por uma rua estreita e em frente a uma das muitas lojas e galerias de Kazimierz Dolny quando Kmita, pintor, 80 anos, nos convidou a visitar o atelier, enquanto comunicava connosco no seu espanholês aprendido nos invernos em Maiorca. Entre o infindável reportório de paisagens, Kmita mostrou-nos uma pintura que fez de Tavira, nos tempos em que velejava pelo Mediterrâneo e Atlântico. Por fim, acabámos a confraternizar com o cachorro cujo nome já esqueci. Verdadeira hospitalidade polaca.

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Kazimierz Dolny. Chamar-lhe-ia a Sintra polaca porque por detrás da pequena cidade medieval se esconde um mercado de pintores e donos de galerias e mercadores caça-turistas que lhe roubam a alma. Nem faltam as pedintes ciganas no meio da praça. Que é muito bonita é.

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