estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2005-07-07


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Przemysl, anúncio a uma das muitas marcas de cerveja


Aquele pessoal bebe! Uma noite, já em fascínio-delírio com a cerveja polaca saí pelo bosque e casas baixas que rodeiam o parque de campismo de Cracóvia à procura de um bar aberto onde pudesse beber a última da noite, a "saideira". Percorri desolado um sem número de ruas desertas, parei desapontado em frente ao néon de uma loja que anunciava "ALCOHOL" mas que estava fechada e acabei junto a um supermercado fechado. Junto à porta envidraçada e fechada, encontrei dezenas de jovens polacos, muitos com as suas t-shirts metálicas e cabelo rapado, sentados em mesas de madeira, a beber de latas de cerveja que tiravam de sacos de plástico. Perguntei a um, em inglês, onde era possível comprar uma cerveja. "You italiano. No? Portugalia. Yes? Good. Take..." Tirou uma lata de 50 cl de dentro de um saco de plástico, ofereceu-ma e disse: "Take, a gift for you".