Ok, é verdade. Aquele ali na prancha, sou eu. Na altura em que a foto foi tirada, já os jovens que controlavam a prancha me chamavam de galinha. "C'mon you chicken, cuacuacuacuacua, jump! Ok, you don't wanna jump? Don't jump! Look, this kid, look, is gonna jump. You see, jump!"
As coisas eternizaram-se. Dois texanos que mergulhavam de cabeça e de todas as maneiras e feitios explicaram-me como era fácil. Uma jovem loira que namorava um dos jamaicanos olhou para mim com ar sério e disse: "Se tens medo, não saltes". Um outro jovem americano aproximou-se timidamente e encorajou-me: "Se saltares, eu também salto". Os jamiacanos começaram a contagem decrescente: "Ok chicken, chicken count one, chicken count two,chicken count three..." Virei-me para trás: "Ok, I don't want you to call me chicken again". O mais musculado respondeu: "If you don't jump, I'm going to call you chicken".
Na zona da assistência, munido da câmara fotográfica, o meu filho mais velho desesperava. "Mas afinal, ele vai saltar ou não? Nunoooo, saltas ou não!" De repente, cheguei-me a tremer à ponta da prancha, perguntei pela última vez se haveria qualquer possibilidade de atingir aquela mancha escura por baixo de mim e ouvi pela enésima vez: "No, no, it's too deep. Jump!" Foram três ou quatro segundos que me pareceram uma eternida. Atingi a água descaído sobre a parte direita do tronco. Doeu. Nadei dolorido para as escadas. Um dos texanos olhou para mim: "You see, what's it great?" Não, expliquei, "só medo e dor. Para mim acabou". Fui beber uma Red Stripe para esquecer o salto mais disparato e fútil da minha vida e durante uma semana doeram-me as costelas.
As coisas eternizaram-se. Dois texanos que mergulhavam de cabeça e de todas as maneiras e feitios explicaram-me como era fácil. Uma jovem loira que namorava um dos jamaicanos olhou para mim com ar sério e disse: "Se tens medo, não saltes". Um outro jovem americano aproximou-se timidamente e encorajou-me: "Se saltares, eu também salto". Os jamiacanos começaram a contagem decrescente: "Ok chicken, chicken count one, chicken count two,chicken count three..." Virei-me para trás: "Ok, I don't want you to call me chicken again". O mais musculado respondeu: "If you don't jump, I'm going to call you chicken".
Na zona da assistência, munido da câmara fotográfica, o meu filho mais velho desesperava. "Mas afinal, ele vai saltar ou não? Nunoooo, saltas ou não!" De repente, cheguei-me a tremer à ponta da prancha, perguntei pela última vez se haveria qualquer possibilidade de atingir aquela mancha escura por baixo de mim e ouvi pela enésima vez: "No, no, it's too deep. Jump!" Foram três ou quatro segundos que me pareceram uma eternida. Atingi a água descaído sobre a parte direita do tronco. Doeu. Nadei dolorido para as escadas. Um dos texanos olhou para mim: "You see, what's it great?" Não, expliquei, "só medo e dor. Para mim acabou". Fui beber uma Red Stripe para esquecer o salto mais disparato e fútil da minha vida e durante uma semana doeram-me as costelas.
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