CARNAVAL FLASHES
SOL, RUELAS EMPEDRADAS, TURISTAS E MÁQUINAS FOTOGRÁFICAS
Bairros do Castelo e de Alfama, banhados por um magnífico sol de Inverno. O cortejo carnavalesco serpenteia por um território cinematográfico de ruelas empedradas a paralelepípedos, casas de varandins em ferro forjado, azulejos, eléctricos pejados de turistas encantados e sorridentes que não perdem a oportunidade para tirar mais uma foto.
"TOM TOM TOM TOM TOM TOM TOM, OEH EOH!"
À frente, sempre à frente, abrindo caminho pelas ruas adormecidas do Castelo, vão os tambores ritmados e quase hipnóticos dos Tocándar (www.tocandar.com), uma espécie de Olodum da Marinha Grande que já vão no quinto ano de existência com os seus 50 bombos e 50 caixas de rufe. As ruas pouco povoadas parecem acordar à medida que se ouve o "tom tom tom, tom, tom tom tom" dos tambores batidos furiosamente pelos braços jovens de rapazes e raparigas. De vez, em quando- inevitável-dispara um alarme de automóvel. Marcando o ritmo, os jovens oscilam sempre para a direita e para a esquerda e acompanham a batida com gritos simultâneos de "oeh, eoh".
"OLHA TANTOS BOMBOS!"
Por alturas da Rua do Chão da Feira, a expressão no rosto dos organizadores é de felicidade. Afinal, não é todos os dias que se pode ter a percussão dos Tócandar a descer de forma imperial as ruas estreitas do bairro. À porta do Chapitô, até o cozinheiro vem ver o desfile e numas águas furtadas, dois homens de leste acorrem a fotografar o grupo da Marinha Grande.
"OH MY GOD!"
Os passageiros do eléctrico 28, a maioria estrangeiros, não se importam mesmo nada de esperar pela passagem do corso e divertem-se quando um mascarado lhes enfia um mar de papelinhos e serpentinas pela janela.
ALFAMA PURA E DURA
"Oh bichona, anda cá oh bichona, oh Manuela, olha o teu filho", grita uma mulher desdentada em frente a uma taberna da Rua do Vigário ao ver um rapaz de Alfama vestido de mulher, saia curta, botas altas, perna branca insinuante. "Sua bichona!"
Bairros do Castelo e de Alfama, banhados por um magnífico sol de Inverno. O cortejo carnavalesco serpenteia por um território cinematográfico de ruelas empedradas a paralelepípedos, casas de varandins em ferro forjado, azulejos, eléctricos pejados de turistas encantados e sorridentes que não perdem a oportunidade para tirar mais uma foto.
"TOM TOM TOM TOM TOM TOM TOM, OEH EOH!"
À frente, sempre à frente, abrindo caminho pelas ruas adormecidas do Castelo, vão os tambores ritmados e quase hipnóticos dos Tocándar (www.tocandar.com), uma espécie de Olodum da Marinha Grande que já vão no quinto ano de existência com os seus 50 bombos e 50 caixas de rufe. As ruas pouco povoadas parecem acordar à medida que se ouve o "tom tom tom, tom, tom tom tom" dos tambores batidos furiosamente pelos braços jovens de rapazes e raparigas. De vez, em quando- inevitável-dispara um alarme de automóvel. Marcando o ritmo, os jovens oscilam sempre para a direita e para a esquerda e acompanham a batida com gritos simultâneos de "oeh, eoh".
"OLHA TANTOS BOMBOS!"
Por alturas da Rua do Chão da Feira, a expressão no rosto dos organizadores é de felicidade. Afinal, não é todos os dias que se pode ter a percussão dos Tócandar a descer de forma imperial as ruas estreitas do bairro. À porta do Chapitô, até o cozinheiro vem ver o desfile e numas águas furtadas, dois homens de leste acorrem a fotografar o grupo da Marinha Grande.
"OH MY GOD!"
Os passageiros do eléctrico 28, a maioria estrangeiros, não se importam mesmo nada de esperar pela passagem do corso e divertem-se quando um mascarado lhes enfia um mar de papelinhos e serpentinas pela janela.
ALFAMA PURA E DURA
"Oh bichona, anda cá oh bichona, oh Manuela, olha o teu filho", grita uma mulher desdentada em frente a uma taberna da Rua do Vigário ao ver um rapaz de Alfama vestido de mulher, saia curta, botas altas, perna branca insinuante. "Sua bichona!"
2 Comments:
At 1:46 da manhã, Maria said…
Confesso que li as duas "versões" desta crónica... e que, em ambas as leituras, senti alguma nostalgia.
Talvez fosse, apenas... saudade de tempos idos em que, ainda, havia um Carnaval, tipicamente, português e não se importava samba e morenas de minúsculos biquinis.
Talvez fosse, apenas... o recuperar, de memórias de menina e, de dias em que se retirava dos velhos baús as roupas, velhas e gastas, inventando-se mil disfarces...
Talvez fosse, apenas... a constatação de que o divertimento de outrora se converteu, actualmente, em exibição pura...
Ao ler esta crónica recordo, os bombos de Almaceda... os bailes de Carnaval... o cantar do Entrudo e, os muitos risos que provocamos quando, de porta em porta, lá íamos fazendo as mais tolas traquinices...
Certo é que, ler estas palavras valeu por mil imagens de uma televisão que não nos mostra a nós, nem à nossa verdadeira essência, mas uma montagem fútil e, como referi, importada!
Tudo isto para dizer que gostei... gostei de uma crónica que retracta um Carnaval simples... de um Portugal verdadeiro!
At 2:39 da manhã, NUNO FERREIRA said…
Thanks a lot...
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