estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2005-05-02

A ANTRAL ACONSELHA

“À noite não há casas de banho públicas, os cafés também estão fechados e, como é óbvio, os motoristas não podem ir a casa”, explicou o presidente da ANTRAL*, Florêncio Almeida ao "Correio da Manhã" sobre o sempre actual drama dos taxistas lisboetas quando de bexiga apertada.
“Serão poucos os taxistas que urinam junto às praças, mas infelizmente isso faz parte da rotina de algumas pessoas, o que não faz sentido pois o carro passa por muitas zonas desertificadas onde podem fazê-lo”, argumenta Florêncio.


* Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários Em Automóveis Ligeiros