estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2006-10-04

Posted by Picasa Visão solitária do auditório de que vos falei. Foi lá que ouvi a pior banda de reggae da minha vida. A acústica era tenebrosa. Bom, basta de bater no hotel...era um facto que havia shows e animações divertidas. Uma noite convidaram 8 pessoas para o palco. Quatro sentavam-se de um lado e quatro de outro lado. Havia uns que eram os kiwis, outros os bananas, outros os strawberry e tinham de se levantar e trocar de cadeira sempre que a animadora gritava "Kiwi" ou "banana". Ganhou uma canadiana de Montreal, eu acho...ah e lembro-me agora da eleição da Miss Riu. Dessa eu gostei, porque nós, o público, a opinião pública lá do sítio, eramos quem votava. Ao berrarmos o mais possível na hora de apresentação da jovem respectiva, indicávamos quem queríamos que ganhasse. Ganhou a que eu apoiei, uma jovem mãe com pinta de ismaelita e um nariz de Cleópatra, sempre seguida de perto pelo jovem marido e pai com pinta de ismaelita e ombros largos de taxista em Manhattan, seguido também de perto pelo irmão ou primo.