A ESTRADA
"Deslizo na auto-estrada que é sempre igual, a que fica para trás, a que se renova à minha frente, uma língua caridosa que me engole, negra, infinita, avanço, guio-me pelos reflectores que ladeiam a berma, os separadores de aço, o vento torce as árvores desfolhadas, esqueletos tristes, traços riscados a carvão contra o céu, os postes de alta tensão, espantalhos de mãos dadas numa fila para lado nenhum"
Excerto retirado do livro "Os Meus Sentimentos" de Dulce Maria Cardoso
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