Erros e disparates
Excertos do texto "O IRAQUE E NOVA ORLEÃES" do General Loureiro dos Santos, publicado hoje no Jornal "Público"
" (...) as Forças Terrestres norte-americanas profissionais, no activo, não são suficientes para suportarem militarmente os ambiciosos objectivos estratégicos definidos pela Administração Bush, muito menos para remediarem os erros que vêm sendo cometidos, especialmente no Iraque, a começar pela própria invasão".
"A extensão dos erros cometidos com a definição de objectivos políticos para os quais os Estados Unidos não possuem meios, e todos os que se lhe seguiram na execução das operações, deixaram o mundo verdadeiramente atónito. Estávamos habituados a observar uns EUA organizados, prestigiados, poderosos, actuando com inteligência e sensatez, portanto incapazes de fazer os disparates a que assistimos ultimamente.Parece que tais erros não se limitam à política externa, à sua articulação com a política militar, e à conduta operacional. Eles, afinal, também ocorrem na ordem interna, como o furacão Katrina está a demonstrar plenamente.
É visível, antes de tudo, a falta, verdadeiramente surpreendente, de uma estratégia preventiva. Aqui, sim, deveria ter sido posta em acção uma prevenção que tivesse reparado falhas e deficiências conhecidas, cuja resolução teria evitado em grande parte a dimensão da tragédia. Mas também está patente na ausência de planos de resposta credíveis, com meios e articulação suficientes, actuando em tempo útil, antecipando-se ao alargamento e aprofundamento de situações que passam rapidamente a irremediáveis. E vê-se, com nitidez, na incapacidade de garantir a lei e a ordem, e de impedir que Nova Orleães se tivesse transformado numa cidade controlada e dominada por gangs do crime, onde se instalou a desordem e a anarquia, e o saque campeia.
Como é possível que os Estados Unidos estejam a degradar tão fortemente aquela ideia que tínhamos da grande, poderosa e prestigiada nação americana, a potência que todos nos habituámos a considerar como absolutamente indispensável, para resolver os principais problemas com que mundo se confronta?"
" (...) as Forças Terrestres norte-americanas profissionais, no activo, não são suficientes para suportarem militarmente os ambiciosos objectivos estratégicos definidos pela Administração Bush, muito menos para remediarem os erros que vêm sendo cometidos, especialmente no Iraque, a começar pela própria invasão".
"A extensão dos erros cometidos com a definição de objectivos políticos para os quais os Estados Unidos não possuem meios, e todos os que se lhe seguiram na execução das operações, deixaram o mundo verdadeiramente atónito. Estávamos habituados a observar uns EUA organizados, prestigiados, poderosos, actuando com inteligência e sensatez, portanto incapazes de fazer os disparates a que assistimos ultimamente.Parece que tais erros não se limitam à política externa, à sua articulação com a política militar, e à conduta operacional. Eles, afinal, também ocorrem na ordem interna, como o furacão Katrina está a demonstrar plenamente.
É visível, antes de tudo, a falta, verdadeiramente surpreendente, de uma estratégia preventiva. Aqui, sim, deveria ter sido posta em acção uma prevenção que tivesse reparado falhas e deficiências conhecidas, cuja resolução teria evitado em grande parte a dimensão da tragédia. Mas também está patente na ausência de planos de resposta credíveis, com meios e articulação suficientes, actuando em tempo útil, antecipando-se ao alargamento e aprofundamento de situações que passam rapidamente a irremediáveis. E vê-se, com nitidez, na incapacidade de garantir a lei e a ordem, e de impedir que Nova Orleães se tivesse transformado numa cidade controlada e dominada por gangs do crime, onde se instalou a desordem e a anarquia, e o saque campeia.
Como é possível que os Estados Unidos estejam a degradar tão fortemente aquela ideia que tínhamos da grande, poderosa e prestigiada nação americana, a potência que todos nos habituámos a considerar como absolutamente indispensável, para resolver os principais problemas com que mundo se confronta?"
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