estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2006-10-30

VIAGEM AO FIM DO MUNDO

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No Cabo Horn



Cabo Horn. Repeti para mim, como se não conseguisse que o meu cérebro reagisse, “estou no Cabo Horn”. Vestido com um salva-vidas cor de laranja e o gorro preto de tapa-orelhas peludo comprado em Ushuaia enterrado pela cabeça abaixo, não cabia em mim de excitação. A aproximação do cruzeiro Mare Australis a um dos cabos mais míticos do planeta transformou-me, de repente, numa criança de 5 anos que visita a Disneilândia pela primeira vez.

2 Comments:

  • At 6:58 da tarde, Blogger Nuno Guronsan said…

    Como te compreendo nessa sensação que já tantas vezes me atravessou. Aliás, basta ver os teus olhos...

    (O nível de inveja acaba de atingir niveis astronómicos ;)))

     
  • At 8:23 da tarde, Blogger NUNO FERREIRA said…

    Eheheh, da próxima és tu!!!

     

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