estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2004-05-27

Já não há autoridade

Hoje quando cheguei ao trabalho contaram-me que ontem à noite um indivíduo alegadamente adepto do Futebol Clube do Porto, atravessou a Avenida Fontes Pereira de Melo todo nú e carregando uma grade de cerveja. É assim? Já não há polícia, já não há autoridade? Esses tipos vêem lá da Abkazia com os seus rituais de celebração e fazem o que querem? A culpa é daqueles teóricos da tolerância que acham que Lisboa deve ser uma cidade aberta a todo o tipo de imigrantes. O Serviço de Estrangeiros o que tinha de fazer era pegar nesse indivíduo, levá-lo até à fronteira, ali por bandas de Grijó e devolvê-lo à terra dele. Ai...que dor de cotovelo...