estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2005-02-01

Coisas das letras

Este parece vir a ser mais um mês enriquecedor em matéria de letras e literatura. Na revista "Lia-te Toda Mas Não Me Apetece", a não perder um delicioso artigo de duas páginas do nosso já muito querido António Soares ("Manhãs de Neblina", "Caminhos Vazios"). Este último lançará daqui a duas semanas a "Mão Que Bate" (Edições Brasinha). Outro excelente romance, a não perder, o de Victor Manteiga, uma estreia absoluta, com "Em Irmã Minha Não Se Mexe". Do Blog Letras Miudinhas vem-nos entretanto esta dica imperdível- obrigado ao Letras Miudinhas- Roberto Castro volta à estampa com "Estampei-me de Vez", uma viagem pelo universo do fracasso absoluto, tanto literário como pessoal.