estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2005-06-17

Eu fico em casa

O Governo Civil de Lisboa autorizou a manifestação de amanhã no Martim Moniz, em Lisboa, da grande e poderosa Frente Nacional contra os imigrantes. Por mim, ainda bem.
É na rua, a levar com o Sol inclemente destes quentes dias de Junho nas carecas luzidias que os "nacionalistas" tipo OMO lava mais branco, ficam melhor.
A arder as patas dentro daquelas botas Doc Marten, quais incineradores, a estufar nos blusões, a limpar as gotas de suor das carecas arianas e a perguntar: "Onde é que ficou o resto do pessoal?"

P.S. É nestes momentos que eu gosto do Corpo de Intervenção da PSP

2 Comments:

  • At 9:01 da tarde, Blogger Simplesmente 20 =) said…

    Amanhã é de prever (devido a este calor) que só quem não trabalha, quem é skinhead ou PSP é que não vai estar na praia (quer dizer, se preverem novo Tsunami Negro, talvez alguns policias irão á praia... de Carcavelos). Apenas tenho pena (e consideração) por quem trabalha! Ah! e por aqueles adolescentes responsáveis que têm de estudar para os exames do 12º e para as Frequências das Faculdades =)

     
  • At 11:42 da tarde, Blogger NUNO FERREIRA said…

    Eu estava a brincar...não fico em casa, vou trabalhar. Obrigado pela consideração!

     

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