estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2005-06-17

TODOS BRANCOS, TODOS, SEM VERRUGAS...

" Hoje é pela segurança, tudo bem, amanhã é contra os homossexuais, depois contra as lésbicas, depois contra os ciganos, depois contra os morenos, depois contra os aleijados, depois contra os narizes grandes, depois contra quem anda de saia curta e barriga à mostra, e por aí fora. Até só ficarem os arianos, tementes a Deus e ao III Reich".

Comentário de um leitor publicado hoje na edição online do Jornal Público