estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2006-10-04

Posted by Picasa A acção principal girava em torno de duas piscinas e da praia privada naquela que dantes era uma baía relativamente isolada, a Bloody Bay. A cadeia hoteleira RIU instalou-se de armas e bagagens ali e construiu dois grandes all-inclusives. No primeiro dia, fui nadar junto a umas bóias que separavam o nosso mundo, o dos turistas, dos assediadores jamaicanos, que rondavam como tubarões em jet ski e barcos de pesca. "Ei italiano, come!", gritou um. O ruído dos motores dos jet ski fez-me bater em retirada para uma das dezenas de espreguiçadeiras e acabei no bar de praia mais próximo: "O que posso arranjar-lhe. Uma cerveja? Tome lá duas que fica mais bem servido..."