estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2004-11-27

Miss U Babe

Há sempre um milhão de coisas a fazer, pagar a electricidade, pagar a água, correr para o emprego, falar com a administração do prédio, levar o cão a passear, explicar ao Gonçalo que o teste de Geografia é apenas mais uma pequenina pedra no caminho, há sempre coisas, muitas coisas. Resta pouco tempo para ver o mar contigo, observar as gaivotas a fugirem assustadas do Grishka contigo, beber uma cerveja sem alcool num bar do Cais do Sodré naquelas tardes de sábado em que não há ninguém, tu a pedires um gin tonic e a garantires que guias direitinho até à Caparica, resta pouco tempo para abrir os olhos e ver-te a olhar para mim como se fosse a primeira vez. Resta pouco tempo. Os rapazes? The Kids are allright. Miss U Babe.

2 Comments:

Enviar um comentário

<< Home