estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2004-11-24

Também quero ser ministro

Com tanta remodelação governamental e a qualidade que as vem caracterizando, qualquer dia, em breve, soon, chega a vez aqui ao Estradas Perdidas. Sempre quis ser ministro, ministro dos excluídos e deserdados, uma espécie de Robin dos Bosques no governo. Comigo é que o Bagão Forreta não fazia farinha, tinha de haver orçamento para eu pôr os sem abrigo e os sem feijão na panela a festejar na Kapital até às tantas.