estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2005-05-15

NUNO'S JUKEBOX


Posted by Hello Estes são quatro dos cd's a rodar aqui pelo Estradas Perdidas ultimamente, todas da colheita de 2005 e qual deles o melhor. Kathleen Edwards avança pelo country/ rock neste segundo álbum enquanto a Mary Gautheir continua a desenvolver e a burilar o seu folk noir e as suas figuras destruturadas. Lee Ann Womack anda os anitos para trás e vai buscar fôlego novo à country dos anos 60 e 70 reminiscente do Trio Dolly Parton/ Tammy Wynette/ Loretta Lynn. Por fim, o Boss deixa-nos com um punhado de novas histórias de gente anónima ( uma prostituta de Reno, um imigrante que morreu afogado a atravessar o Rio Grande em busca de uma vida melhor, o soldado americano perdido entre o pó do deserto iraquiano). Os arranjos (violino, pedal steel, recurso à Nashville String Machine, resultam na quase perfeição. Não se deixam esmorecer os temas mais melancólicos e ouçam "Mary's Bed" ou "All I'm thinkin about"

3 Comments:

  • At 1:24 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Comprei o do Boss, e gostei e muito, voltou aos temas sociais e a sonoridade está novamente deprimente como em The River.

    Um abraço

     
  • At 1:36 da manhã, Blogger NUNO FERREIRA said…

    É um grande disco, não tão acústico como o "The Ghost Of Tom Joad"

     
  • At 4:03 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    ALBUM MUITO BOM!

     

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