COVA DA MOURA BLUES
“Cova da Moura, Cova da Moura, só falam da Cova da Moura. Tem muito bairro problemático em Lisboa mas sempre falam na Cova da Moura”. Circular no bairro degradado mais mediatizado da Grande Lisboa é um exercício normal. Sobe-se a ladeira, desce-se a ladeira, percorre-se a Rua do Moinho, para-se num café, cumprimenta-se as vendedeiras de sempre. O carteiro faz a distribuição do correio, carrinhas de distribuição circulam normalmente.
O próprio tráfico e consumo de droga quando se desemboca na Rua Principal é uma anormalidade já normal. Ao virar da primeira esquina e ao cruzarmo-nos com o primeiro “dealer”, por sinal branco, sabemos que entramos em território de compra e venda. Um de dois homens brancos emagrecidos e olheirentos que vemos dentro de um carro está demasiado absorvido a queimar uma prata com um isqueiro. “Bacano, bacano”, grita um negro sorridente, de olhar simpático, um vendedor aplicado, “o que é que queres? Queres comprar?” Basta dizer “não obrigado” para o vendedor nos deixar em paz e se continuar o périplo, por entre toxicodependentes negros e brancos. Todos diferentes, todos iguais.
O jovem de 21 anos que segura um pitbulll que não pára de ladrar e parece precisar de beber água, mostra a tatuagem com as iniciais. “Estas são as iniciais com que toda a gente me conhece aqui no bairro, é a minha alcunha. O que é que eu acho do presidente vir ao bairro? Acho bem, acho bem ele vir cá com uma vista positiva. A gente que não é do bairro pensa que aqui só há bandido. O pessoal tem medo de vir cá. O pessoal da TV Cabo, por exemplo, já não quer vir cá”.
O jovem estudante de molhe de chaves ao pescoço e camisa a imitar a dos jogadores de basquete da NBA quer acabar a conversa depressa porque o pitbull está inquieto. “Tem mais bairros problemáticos, há mais bairros mas só falam na Cova da Moura, só ouves falar na Cova da Moura. Nessa cena da praia de Carcavelos, seis ou sete eram daqui, 20 ou 30 era da Damaia…”.
Aproximam-se as 12h00, há cada vez mais jovens a surgir como abelhas das colmeias. A Cova da Moura é um bairro muito jovem. Cerca de metade da população tem menos de 20 anos. “Agora o bairro está sossegado. Agora é só trabalhadores e estudantes Os cabeça dura, os cabeça de bandido ainda estão a dormir”.
O próprio tráfico e consumo de droga quando se desemboca na Rua Principal é uma anormalidade já normal. Ao virar da primeira esquina e ao cruzarmo-nos com o primeiro “dealer”, por sinal branco, sabemos que entramos em território de compra e venda. Um de dois homens brancos emagrecidos e olheirentos que vemos dentro de um carro está demasiado absorvido a queimar uma prata com um isqueiro. “Bacano, bacano”, grita um negro sorridente, de olhar simpático, um vendedor aplicado, “o que é que queres? Queres comprar?” Basta dizer “não obrigado” para o vendedor nos deixar em paz e se continuar o périplo, por entre toxicodependentes negros e brancos. Todos diferentes, todos iguais.
O jovem de 21 anos que segura um pitbulll que não pára de ladrar e parece precisar de beber água, mostra a tatuagem com as iniciais. “Estas são as iniciais com que toda a gente me conhece aqui no bairro, é a minha alcunha. O que é que eu acho do presidente vir ao bairro? Acho bem, acho bem ele vir cá com uma vista positiva. A gente que não é do bairro pensa que aqui só há bandido. O pessoal tem medo de vir cá. O pessoal da TV Cabo, por exemplo, já não quer vir cá”.
O jovem estudante de molhe de chaves ao pescoço e camisa a imitar a dos jogadores de basquete da NBA quer acabar a conversa depressa porque o pitbull está inquieto. “Tem mais bairros problemáticos, há mais bairros mas só falam na Cova da Moura, só ouves falar na Cova da Moura. Nessa cena da praia de Carcavelos, seis ou sete eram daqui, 20 ou 30 era da Damaia…”.
Aproximam-se as 12h00, há cada vez mais jovens a surgir como abelhas das colmeias. A Cova da Moura é um bairro muito jovem. Cerca de metade da população tem menos de 20 anos. “Agora o bairro está sossegado. Agora é só trabalhadores e estudantes Os cabeça dura, os cabeça de bandido ainda estão a dormir”.
7 Comments:
At 10:07 da manhã, Anónimo said…
Era muito simples!! Apanhado a roubar ? Era pegar no jovem ir mete-lo no avião de volta para o país dele! Ele que vá roubar lá para a terra dele, que assalte comboios, praias , lá para cabo verde e angola!!!E o que depois ainda mete mais impressão é que vêm para cá viver para uma barraca que eles próprios constroem e passado um ou 2 anos dão-lhes uma casa!!! E um gajo aqui durante 40 anos a suar para pagar a sua!! Esta merda é a verdadeira vergonha!!! E pq é que será que quando se vêm imagens desse bairro a maioria dos jovens que falam nunca têm emprego, mas roupas de marcas e telemóvel da moda todos têm!!! deve ser dos arrastões!!!
At 1:32 da tarde, Simplesmente 20 =) said…
E que tal não generalizar? Há brancos a vender, a roubar, a drogarem-se, a serem dealers, e nos arrastões!!!
A maioria, nos arrastões, são negros... o que não quer dizer que não sejam Portugueses. Podem ter pais africanos... mas que eu saiba a nacionalidade corresponde ao país onde a pessoa nasceu... Muites desses nasceram em Portugal, logo são Portugueses.
Fica a dúvida... então quem é que mandamos para África? Os pais dos deliquentes... que nos lavam as escadas e nos constroem os prédios?
Meus senhores não reclamem por esta situação não estar resolvida... porque a situação é complexa, e o Governo não pode ter a mesma reacção que o Zé Povinho (BRANCO)... Generalizar e Estereotipar!
At 3:16 da tarde, NUNO FERREIRA said…
O Blog Estradas Perdidas é um espaço tolerante e aberto a opiniões contrárias desde que devidamente identificadas pelo autor.
Pede-se, por favor, que não deixem comentários anónimos
A gerência
At 3:47 da tarde, Anónimo said…
Está tudo em familia é o que é :D ehehehe :D
Mas qual dúvida ? Mandavamos todos para África que se roubem entre eles !!! De qq maneira há de tudo pretos, ciganos, brancos, verdes, amarelos, ricos , pobres, etc tudo rouba, agora o arrastão era um arrastão de que côr?aqueles assaltos ao comboios que vi no outro dia na SIC eram de que côr? é muita coincidência não. Quer dizer têm um dos continentes mais ricos do planeta e o que é áfrica hoje em dia ? Fome, Guerra, Doenças, etc , etc!!!Mais outro ponto a favor de todos esses denomidados pobres sempre que lhes é dada uma casa "Ah prefiria mil vezes a minha barraca, pois lá havia ratos, dormiamos uns em cima dos outros, cagavamos no chão, etc ,etc " é um ésptáculo!! Depois ainda acontecem situação como vi num bairro onde casas estão a cair de podre só carros de alta cilindrada à porta!!! Deve ser de trabalhar nas obras concerteza!!!
Filipe Ferreira da familia ferreira :)
At 4:23 da tarde, Anónimo said…
Como é que é possível ter gerado dois seres tão distintos?
Ainda dizem que é da educação ... que somos nós que lhes metemos as ideizinhas na cabeça!!!
Aqui está a prova em contrário!
Será experiência de vida?
Até eu, uma rapariguinha tão moderada :), começo a temer que este povo de brandos costumes só reaja quando as "Covas da Moura" deste País declararem a independência!!!
At 11:33 da tarde, Anónimo said…
Lindo!Pura democracia!E esta hem!Uma familia PORREIRA!
At 12:08 da manhã, NUNO FERREIRA said…
Bom, isto está transformado numa zona de debate familiar. Só falta a sra que faz anos dia 27
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