estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2005-10-10

AUTÁRQUICAS 2005

"Viva a liberdade olaré meu bem"
(Tonicha)

Destes resultados, há que ter a coragem de, com serenidade e com a ponderação necessárias, tirar uma conclusão séria. Essa é a de com toda a verticalidade, o povo português exerceu mais uma vez o seu direito de voto e pôde fazê-lo em democracia. Efectivamente, foram muitos os que ontem saíram de casa, não para ir às compras, não para irem ao futebol, não para jogar no Euromilhões mas para votar. Ganhou quem tinha de ganhar. Perdeu quem tinha de perder. Agora vou-me deitar e tentar não sonhar com a democracia em Felgueiras.

1 Comments:

  • At 10:42 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Olá Nuno,sempre leio seu blog,mesmo qdo não comento.
    Conheça meu Brazilian Blog Springsteen e comente.
    Maria de Fátima

     

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