estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2006-10-04

Posted by Picasa De modo que nos primeiros dias, o mundo terminava aqui, neste hall de autêntico aeroporto. Todos os dias havia excursões a chegar e gente que partia. O hall, que aqui vemos vazio, estava quase sempre ocupado em parte por malas dos que chegavam e dos que partiam. Do lado esquerdo, era a recepção onde só faltava a indicação dos voos. Do lado direito, ficava o bar de boas vindas que se transformava também e curiosamente no bar de partida. Era ali que a maioria das pessoas esperava pelos autocarros que os levariam no último dia até ao aeroporto de Montego Bay, a 80 quilómetros.
Apesar da vastidão do complexo, era difícil conseguir informações básicas sobre a Jamaica, tais como mapas ou apenas pequenos sinais da vida lá fora. No interior, tudo estava pago. No exterior, um mundo feito em dólares e assediadores profissionais esperava por nós.