Estradas perdidas II
Taberna de Santa Maria de Arrifana, Poiares, as paredes forradas por azulejos, os matraquilhos a um canto, uma dúzia de moscas varejando de tal forma que receio que uma me caia na chávena de café. Uma porta liga à venda, de onde aldeões olham desconfiados e garrafas de lixívia espreitam para o interior do estabelecimento. Um homem alto, esguio e rosto enrugado observa-nos fixamente enquanto mastiga uma sandes. Depois, faz tilintar uma moeda e pede um copo de branco. Quando retomo viagem, observo pelo espelho retrovisor. Lá está ele, no meio da estrada, ainda de olhos muito abertos na minha direcção.
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