estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2004-12-07

O 1801

Não, não recebi convite para o jantar do Mário Soares...seria o 1801, que um raio, mas ainda não foi desta. Bom, vou comer uma sandezinha de leitão, beber um copo de tinto e sonhar com a festa, as luzes, as palmas, Otelo Saraiva de Carvalho a cumprimentar Narana Coissoró e a Rosa Mota a comer ao lado do Carvalho da Silva. "Foi bonita a tua festa pá..."