estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2005-03-03

Resenha de blogs

Singular, no SOPA AZEDA, a análise desse fenómeno sequencial que se traduz, desde tempos imemoriais, no retirar macacos do nariz. "Finalmente respira-se em Beirute", escreve Ali Massour, no impertinente blog libanês BEIRUTICES. A não perder.
Entretanto, do "O MEU BOI MORREU", chegam-nos novas de Urubúia, Piauí: "Rapaz, puta que pariu, tá um calor danado, vixe Maria. Papai tá lá no sítio pedindo chuva para Padre Cícero e bebendo Pitú. Maninha está em Campina Grande cantando forró. O produtor, Márcio Bezerra, fala que maninha pode virar a nova Rita de Cássia, imagina só! "Quando estiver só, pode chamar que eu vou, ah! Com você eu vou, por qualquer estrada, nada de chorar, eu choro por você, topo qualquer parada..." Celso está preso lá em Serra Talhada, esse cabra nunca teve juízo mesmo. Sorte a dele não ter virado presunto lá em Cabrobó".