estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2006-02-06

Faço minhas estas palavras

"A pergunta a fazer é:
A quem serve, de ambos os lados, toda esta polémica das caricaturas, senão aos apologistas do ódio, da intolerância e do racismo?
Não é por acaso que o Jyllands-Posten é um jornal de direita populista e trauliteira, um tablóide ao melhor estilo. As caricaturas foram a lebre para o confronto civilizacional, tão do agrado de certas alminhas. É evidente que o jornal tem todo o direito de as publicar. Não se armem é em ingénuos e finjam que não antecipavam já as consequências".
André Carapinha no 2+ 2= 5