Igualdade uma ova
O mito de uma Europa igualitária e, neste caso concreto, de sociedades cem por cento igualitárias e generosas para com os imigrantes, como a dinamarquesa, esboroa-se à primeira incursão no terreno dos outros, os que vivem ao nosso lado, a quem achamos piada mas com quem não convivemos.
Eis alguns testemunhos recolhidos pela repórter do The Guardian Madeleine Bunting em Copenhaga:
"Somos contra a censura. Acreditamos na liberdade da expressão. Muitos de nós fugimos dos nossos países devido à falta dessa mesma liberdade. Mas o que nós dissemos ao editor do Jyllands-Posten é que foram buscar o objecto errado para testarem essa liberdade. Foram ofender uma das mais marginalizadas comunidades da Dinamarca, a que tem mais problemas sociais e que tem vindo a lutar contra a islamofobia no país"
Ahmad Akkari
Abubeker Idris contou que tem tentado estabelecer-se na Dinamarca há 20 anos e que apesar das suas qualificações e de falar um dinamarquês perfeito já recebeu 500 rejeições de emprego. Agora, trabalha como taxista. "Para que servem os cartoons? Eu respeito as leis dinamarquesas e pago os meus impostos. Porque é que não podem respeitar os meus sentimentos? Continuam a chamar-me estrangeiro. Um membro do parlamento disse que os muçulmanos era um cancro na Dinamarca, que era preciso matar esse cancro antes que o cancro matasse a Dinamarca. Niguém lhe disse nada".
"Os dinamarqueses acreditam na liberdade de expressão como uma invenção sua. Se se tem liberdade de expressão, também se assume responsabilidades em relação às pessoas sobre quem se fala"
Manu Saleem, conselheiro do município de Copenhaga, dinamarquês de origem indiana e não muçulmano
Eis alguns testemunhos recolhidos pela repórter do The Guardian Madeleine Bunting em Copenhaga:
"Somos contra a censura. Acreditamos na liberdade da expressão. Muitos de nós fugimos dos nossos países devido à falta dessa mesma liberdade. Mas o que nós dissemos ao editor do Jyllands-Posten é que foram buscar o objecto errado para testarem essa liberdade. Foram ofender uma das mais marginalizadas comunidades da Dinamarca, a que tem mais problemas sociais e que tem vindo a lutar contra a islamofobia no país"
Ahmad Akkari
Abubeker Idris contou que tem tentado estabelecer-se na Dinamarca há 20 anos e que apesar das suas qualificações e de falar um dinamarquês perfeito já recebeu 500 rejeições de emprego. Agora, trabalha como taxista. "Para que servem os cartoons? Eu respeito as leis dinamarquesas e pago os meus impostos. Porque é que não podem respeitar os meus sentimentos? Continuam a chamar-me estrangeiro. Um membro do parlamento disse que os muçulmanos era um cancro na Dinamarca, que era preciso matar esse cancro antes que o cancro matasse a Dinamarca. Niguém lhe disse nada".
"Os dinamarqueses acreditam na liberdade de expressão como uma invenção sua. Se se tem liberdade de expressão, também se assume responsabilidades em relação às pessoas sobre quem se fala"
Manu Saleem, conselheiro do município de Copenhaga, dinamarquês de origem indiana e não muçulmano
1 Comments:
At 11:15 da tarde, Anónimo said…
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