HOJE É NOITE DE SANTO ANTÓNIO
Pelas ruelas, becos e escadarias do bairro histórico mais castiço de Lisboa, os moradores retocam o que há a retocar na madeira dos balcões e das mesas dos retiros e calculam quantas sardinhas vão vender hoje à noite. "Uhhhh, isto é uma loucura. Na noite de sábado, não era ainda noite de Santo António e esgotei 150 quilos de sardinha", comentava ontem um morador e dinamizador de um retiro.
Por toda a Alfama, as ruas e ruelas estão decoradas com arcos e balões e qualquer páteo serve para os moradores montarem o respectivo retiro: umas mesas, uns bancos de madeira compridos, um assador, muito vinho, cerveja, muita febra e muita sardinha.
Ontem, cerca das 11h00, António Carvalho e mais dois habitantes, aprimoravam o Retiro dos Tesos. "O nosso retiro não é muito grande, há os que ocupam áreas muito maiores", comentava António enquanto pregava um balcão. "Estivemos a aumentar aqui o local, já colocámos as luzes. Amanhã (hoje) pode cá passar, que vamos ter sardinha assada, bacalhau e chouriço assado. A partir das 19h00, já temos aqui clientela e é clientela certa que vem para aqui todos os anos".
No Largo de São Miguel, três homens discutiam entre tábuas de madeira, bancos e mesas. Ali, o arraial é maior e exige mais trabalho. "Eu bem disse que aquele lado não é dali", dizia um. "Encosta lá isso, sai lá daí", dizia outro.
Se há quem se disponha a vender a sardinha a euro e meio a unidade, a maioria dos retiros do bairro deverá vendê-la hoje à noite a um euro, enquanto uma dose de febra deverá custar 6,5, uma dose de entremeada o mesmo, o chouriço custará seis euros e o caldo verde 1,5. Para acompanhar, o jarro de sangria andará pelos sete euros, a sangria pequena metade, um jarro grande de vinho custará cinco euros, um jarro pequeno 2,5. A imperial custa 1,5 euros, tal como os sumos e colas.
Este ano, ao contrário de outros anos, já muita gente tem acorrido a Alfama. "Não costuma ser assim. Costumamos ter a noite de Santo António com a grande enchente, mas este ano está a ser demais. No sábado já não se podia andar aqui", comentava José Pires, que montou o Retiro do Beco com a ajuda dos familiares: "Sou eu, a minha mulher, dois filhos, o meu genro...todos ajudam..."
Fosse a animação do conjunto a tocar num palco do vizinho Largo de São Miguel ou a maior publicidade feita este ano às festas, o que é certo é que em 2006, elas começaram mais cedo para José Pires. "Às duas da manhã de domingo esgotou a sardinha, já só vendi febras e entremeadas. Tive aí gente de todo lado, estava aí um grupo de oito pessoas do norte. Havia muitos turistas. Uh, comem muita sardinha. Esteve aí um grupo de 12 pessoas que comeram 250 delas!"
Logo à noite, José Pires espera a confusão: "Já encomendei 300 quilos de sardinha e conto vender tudo. Mal acabem as marchas na Avenida da Liberdade, vem tudo por aí acima. É o pandemónio do costume, já se sabe".Junto à porta da Junta de Freguesia de São Miguel, um monte de bancos de madeira espera pelos foliões da noite. Por todo o bairro, além dos retiros, há balcões atrás dos quais se escondem barris de cerveja, se vende ginja ou amêndoa amarga. "Ginjinha de Almeirim", lê-se num cartaz atrás de um balcão.
Mais acima, no Café Cunha, na Rua Castelo Picão, Nuno Cunha, 35 anos comparava o bairrismo de Alfama com o de outros bairros. "Já fui a muitos bairros. Em nenhum se vive os Santos Populares como em Alfama. Por alguma coisa, a marcha de Alfama é a rainha das marchas". Apesar da enchente que se adivinha para esta noite, o Café Cunha vai fechar como sempre às 21h30. "A partir de uma certa hora, não compensa. Temos de levar com pessoal que já vem bebido. Se partirem um retiro, aquilo é só tábuas...aqui este balcão vale muito dinheiro".
Por toda a Alfama, as ruas e ruelas estão decoradas com arcos e balões e qualquer páteo serve para os moradores montarem o respectivo retiro: umas mesas, uns bancos de madeira compridos, um assador, muito vinho, cerveja, muita febra e muita sardinha.
Ontem, cerca das 11h00, António Carvalho e mais dois habitantes, aprimoravam o Retiro dos Tesos. "O nosso retiro não é muito grande, há os que ocupam áreas muito maiores", comentava António enquanto pregava um balcão. "Estivemos a aumentar aqui o local, já colocámos as luzes. Amanhã (hoje) pode cá passar, que vamos ter sardinha assada, bacalhau e chouriço assado. A partir das 19h00, já temos aqui clientela e é clientela certa que vem para aqui todos os anos".
No Largo de São Miguel, três homens discutiam entre tábuas de madeira, bancos e mesas. Ali, o arraial é maior e exige mais trabalho. "Eu bem disse que aquele lado não é dali", dizia um. "Encosta lá isso, sai lá daí", dizia outro.
Se há quem se disponha a vender a sardinha a euro e meio a unidade, a maioria dos retiros do bairro deverá vendê-la hoje à noite a um euro, enquanto uma dose de febra deverá custar 6,5, uma dose de entremeada o mesmo, o chouriço custará seis euros e o caldo verde 1,5. Para acompanhar, o jarro de sangria andará pelos sete euros, a sangria pequena metade, um jarro grande de vinho custará cinco euros, um jarro pequeno 2,5. A imperial custa 1,5 euros, tal como os sumos e colas.
Este ano, ao contrário de outros anos, já muita gente tem acorrido a Alfama. "Não costuma ser assim. Costumamos ter a noite de Santo António com a grande enchente, mas este ano está a ser demais. No sábado já não se podia andar aqui", comentava José Pires, que montou o Retiro do Beco com a ajuda dos familiares: "Sou eu, a minha mulher, dois filhos, o meu genro...todos ajudam..."
Fosse a animação do conjunto a tocar num palco do vizinho Largo de São Miguel ou a maior publicidade feita este ano às festas, o que é certo é que em 2006, elas começaram mais cedo para José Pires. "Às duas da manhã de domingo esgotou a sardinha, já só vendi febras e entremeadas. Tive aí gente de todo lado, estava aí um grupo de oito pessoas do norte. Havia muitos turistas. Uh, comem muita sardinha. Esteve aí um grupo de 12 pessoas que comeram 250 delas!"
Logo à noite, José Pires espera a confusão: "Já encomendei 300 quilos de sardinha e conto vender tudo. Mal acabem as marchas na Avenida da Liberdade, vem tudo por aí acima. É o pandemónio do costume, já se sabe".Junto à porta da Junta de Freguesia de São Miguel, um monte de bancos de madeira espera pelos foliões da noite. Por todo o bairro, além dos retiros, há balcões atrás dos quais se escondem barris de cerveja, se vende ginja ou amêndoa amarga. "Ginjinha de Almeirim", lê-se num cartaz atrás de um balcão.
Mais acima, no Café Cunha, na Rua Castelo Picão, Nuno Cunha, 35 anos comparava o bairrismo de Alfama com o de outros bairros. "Já fui a muitos bairros. Em nenhum se vive os Santos Populares como em Alfama. Por alguma coisa, a marcha de Alfama é a rainha das marchas". Apesar da enchente que se adivinha para esta noite, o Café Cunha vai fechar como sempre às 21h30. "A partir de uma certa hora, não compensa. Temos de levar com pessoal que já vem bebido. Se partirem um retiro, aquilo é só tábuas...aqui este balcão vale muito dinheiro".
2 Comments:
At 6:04 da tarde, moonlover said…
É nestas dias que ponho em duvida a tal crise!!!
Parece que só está no meu bolso!...
Parabens pelo teu blog ;)
At 9:34 da tarde, Anónimo said…
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