estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2006-02-07

DIÁLOGO ZERO

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A questão dos cartoons atingiu aquele patamar em que já nada de sensato consegue ser discutido. A questão foi aproveitada e alimentada pelos radicais islâmicos para travar mais uma cruzada contra o Ocidente. Não existe uma voz moderada que se consiga fazer ouvir e assim, entre incitamentos a respostas musculadas de um lado e do outro, perdemos todos. Não tenho qualquer dúvida de que a escalada extremista e a simpatia para com as posições radicais no mundo islâmico vai aumentar ainda mais e que os partidos de extrema-direita europeia vão tirar de mais esta situação, os seus proveitos. Ninguém ganha, perdemos todos.