E O SANTO ANTÓNIO JÁ SE ACABOU
Milhares e milhares de lisboetas saíram à rua para celebrar o Santo António na noite em que, pelo terceiro ano consecutivo, Alfama venceu as marchas populares. A marcha do bairro não só venceu em coreografia como no figurino, na análise global e no desfile na avenida, neste último caso empatada com a marcha da Madragoa.
A marcha de Alfama foi seguida no segundo lugar pela Madragoa, no terceiro pela de Alcântara, no quarto pela do Castelo e no quinto pela da Mouraria. Benfica venceu o prémio de melhor letra das marchas enquanto a dos Olivais venceu o prémio da musicalidade.
Mas se o epicentro das festividades foi o desfile das marchas populares na Avenida da Liberdade, os bairros históricos de Lisboa encheram-se com gente ávida de sardinhas assadas e vinho tinto. As artérias que se previam mais frequentadas foram cortadas ao trânsito muito cedo, o que fez com que a maioria das pessoas circulasse a pé pelos bairros históricos.
Cerca das 20h00, já era praticamente impossível encontrar em Alfama uma mesa ou um banco disponível para comer a sardinha assada, cujo preço esteve quase sempre no euro e meio. A partir dessa hora, o exercício mais vulgar de turistas e visitantes era o de subir e descer vielas e becos, observando a felicidade dos que, avisados, haviam chegado mais cedo.
Não só os retiros, improvisados e decorados pelos moradores, estavam apinhados, como as esplanadas dos restaurantes se enchiam de comensais.
À mesma hora em que muitos visitantes procuravam uma mesa ou um banco, os moradores acotovelavam-se junto ao Largo do Chafariz de Dentro para se despedirem dos marchantes. "Vais linda, filha, vais linda!", gritava uma moradora para uma jovem que acabava de entrar no autocarro em direcção à avenida.
Como alternativa a Alfama, muitas pessoas acorreram ao cada vez mais popular Santo António da Bica e à Madragoa. A febre das sardinhadas estendeu-se também por toda a zona que vai de Alfama ao Terreiro do Paço. Não faltaram esplanadas na Rua do Jardim do Tabaco, quer junto a snack-bares e restaurantes quer em roulottes montadas para a ocasião. O Campo das Cebolas e a Ruas dos Bacalhoeiros foram também muito concorridos. Os donos dos restaurantes desta última transformaram a rua num mar de esplanadas.
A afluência era tanta que junto a uma roulotte instalada entre a Rua do Jardim do Tabaco e a Avenida Infante D. Henrique, sob o som de música brasileira, houve mesmo quem lutasse por uma mesa. "Malcriadão, ordinário!", gritavam duas raparigas, a quem um homem retirou a mesa onde se haviam sentado. "É uma pouca vergonha!"
A Rua das Portas de Santo Antão, essa, beneficiou da proximidade da Avenida da Liberdade, que se encheu de tal forma que muitas pessoas não puderam ver as marchas em grandes condições. As bancadas metálicas estavam repletas de apoiantes dos marchantes e o gradeamento não foi suficiente para toda a gente que quis observar o desfile. "Ie, ie, ie, Mouraria é que é!", gritavam jovens apoiantes da Mouraria, empoleirados numa plataforma metálica precária junto ao Teatro Tivoli.
Junto ao Marquês de Pombal, pela Rua de Brancaamp, estendiam-se os elementos das marchas que ainda não haviam desfilado, muitos deles com o nervosismo estampado no rosto. Outros aproveitavam para cumprimentar os familiares e amigos. "Ritinha, oh Ritinha, olha a fotografia, filha", gritava uma mulher do lado de fora da grade para uma marchante. Um pouco por toda a zona histórica da cidade, a tendência dos últimos anos confirmou-se: o Santo António aparece cada vez mais como uma verdadeira festa de multidões.
A marcha de Alfama foi seguida no segundo lugar pela Madragoa, no terceiro pela de Alcântara, no quarto pela do Castelo e no quinto pela da Mouraria. Benfica venceu o prémio de melhor letra das marchas enquanto a dos Olivais venceu o prémio da musicalidade.
Mas se o epicentro das festividades foi o desfile das marchas populares na Avenida da Liberdade, os bairros históricos de Lisboa encheram-se com gente ávida de sardinhas assadas e vinho tinto. As artérias que se previam mais frequentadas foram cortadas ao trânsito muito cedo, o que fez com que a maioria das pessoas circulasse a pé pelos bairros históricos.
Cerca das 20h00, já era praticamente impossível encontrar em Alfama uma mesa ou um banco disponível para comer a sardinha assada, cujo preço esteve quase sempre no euro e meio. A partir dessa hora, o exercício mais vulgar de turistas e visitantes era o de subir e descer vielas e becos, observando a felicidade dos que, avisados, haviam chegado mais cedo.
Não só os retiros, improvisados e decorados pelos moradores, estavam apinhados, como as esplanadas dos restaurantes se enchiam de comensais.
À mesma hora em que muitos visitantes procuravam uma mesa ou um banco, os moradores acotovelavam-se junto ao Largo do Chafariz de Dentro para se despedirem dos marchantes. "Vais linda, filha, vais linda!", gritava uma moradora para uma jovem que acabava de entrar no autocarro em direcção à avenida.
Como alternativa a Alfama, muitas pessoas acorreram ao cada vez mais popular Santo António da Bica e à Madragoa. A febre das sardinhadas estendeu-se também por toda a zona que vai de Alfama ao Terreiro do Paço. Não faltaram esplanadas na Rua do Jardim do Tabaco, quer junto a snack-bares e restaurantes quer em roulottes montadas para a ocasião. O Campo das Cebolas e a Ruas dos Bacalhoeiros foram também muito concorridos. Os donos dos restaurantes desta última transformaram a rua num mar de esplanadas.
A afluência era tanta que junto a uma roulotte instalada entre a Rua do Jardim do Tabaco e a Avenida Infante D. Henrique, sob o som de música brasileira, houve mesmo quem lutasse por uma mesa. "Malcriadão, ordinário!", gritavam duas raparigas, a quem um homem retirou a mesa onde se haviam sentado. "É uma pouca vergonha!"
A Rua das Portas de Santo Antão, essa, beneficiou da proximidade da Avenida da Liberdade, que se encheu de tal forma que muitas pessoas não puderam ver as marchas em grandes condições. As bancadas metálicas estavam repletas de apoiantes dos marchantes e o gradeamento não foi suficiente para toda a gente que quis observar o desfile. "Ie, ie, ie, Mouraria é que é!", gritavam jovens apoiantes da Mouraria, empoleirados numa plataforma metálica precária junto ao Teatro Tivoli.
Junto ao Marquês de Pombal, pela Rua de Brancaamp, estendiam-se os elementos das marchas que ainda não haviam desfilado, muitos deles com o nervosismo estampado no rosto. Outros aproveitavam para cumprimentar os familiares e amigos. "Ritinha, oh Ritinha, olha a fotografia, filha", gritava uma mulher do lado de fora da grade para uma marchante. Um pouco por toda a zona histórica da cidade, a tendência dos últimos anos confirmou-se: o Santo António aparece cada vez mais como uma verdadeira festa de multidões.
1 Comments:
At 11:21 da tarde, Anónimo said…
Excellent, love it! » »
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