estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2005-06-20

FASCISMO NUNCA MAIS

Hão-de me dizer em que buraco escondido na Constituição Portuguesa é que existe base legal para uma manifestação como a de sábado, no Martim Moniz. Afinal, andaram pessoas a morrer e a ser torturadas para obter uma democracia e depois a democracia autoriza que lhe cuspam em cima , é isso? Ah, tá bom...