estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2006-09-06

ACRE, 1998

Em 1998, aterrei em Rio Branco, no Acre para escrever sobre o que tinha mudado na área desde a morte de Chico Mendes. A reportagem só foi possível graças à ajuda preciosa do jornalista Altino Machado, que agora deu a conhecer ao mundo a morte trágica da pesquisadora Vanessa Sequeira. Na época, com a mesma generosidade com que ajudou os jornais portugueses interessados no assassinato insano da Vanessa, Altino Machado recebeu-me em sua casa e deu-me todos os contactos de que eu precisava. Obrigado Altino.


Xapuri

Dez anos sem Chico Mendes (Reportagem feita em 1998)


Chico Mendes foi assassinado a 22 de Dezembro de 1988 em Xapuri, Estado do Acre, Brasil. Dez anos depois e apesar da criação em 91 pelo governo Sarney de duas reservas extrativistas, concretizando os seus ideiais, os seringueiros do Acre estão na miséria, obrigados a vender árvores das próprias reservas para poderem sobreviver. Os herdeiros da luta de Chico estão divididos e só se entendem acerca de uma mesma conclusão: “Só apanharam os executores”.

“A 60 centavos o quilo da borracha? Quem vai cortar? Não tem condição. A gente foi obrigado a parar”, explica Lauro Barbosa, que cortou seringa com Chico Mendes e vive em plena selva do Acre, junto à fronteira com a Bolívia. “Home, eu nunca vi ninguém cortar leite de borracha como o Chico, era ligeirinho. Naquele tempo era bom, a borracha ficou ruim quando botaram o real. Com um quilo de borracha, comprava-se uma lata de óleo de cozinha. Agora, não dá para comprar meia”.
Tal como Lauro Barbosa, a maioria dos seringueiros por quem Chico Mendes se bateu, estão hoje na miséria, sem cortar a borracha devido ao baixo preço da mesma e obrigados a roçar mato e vender madeira das próprias reservas extrativistas criadas pelo governo.
“As reservas foram ideias do Chico”, explica hoje a viúva Ilzamar Mendes, na sua casa de Rio Branco, vestindo uma t-shirt em que se vê Chico abraçado a ela. “Mas que adianta uma reserva onde o seringueiros vivem totalmente isolados? Que investimento foi feito nas reservas? Nada vez nada! Sou a favor da existência das reservas para os seringueiros mas onde eles não sejam escravos. Neste momento, a borracha não tem preço, não compete com a Malásia, não escoa a produção e os seringueiros estão num beco sem saída. Muitos deles estão abandonando os seringais e vêm vender picolé para as periferias de Xapuri e Rio Branco”.
Hoje, os conflitos entre fazendeiros e seringueiros terminaram no Acre mas dez anos depois do assassinato de Chico Mendes, são os fazendeiros e madeireiros que mais ordenam e controlam a situação, saqueando o mogno da floresta mais remota do Estado. Oleir Cameli, o governador do Acre, foi ele próprio indiciado pela Procuradoria da República do Estado, há dois anos, acusado de ter retirado ilegalmente 2.750 metros cúbicos de mogno e cedro de uma reserva indígena.
Os anos posteriores à morte de Chico Mendes foram marcados por um assédio até aí inimaginável dos media. Todos, no Acre, são unânimes em relação ao filme “Amazónia em chamas”, de 1994, que pretendeu retratar a luta de Chico Mendes. “Dá vontade de vómito, foi a pior coisa que podiam ter feito ao Chico”, afirma Gumercindo Rodrigues. “Uma porcaria”, diz Ilzamar Mendes, a viúva. “Além de nada pagarem à família nem aos seringueiros, o filme não condiz à verdade. A imagem do Chico aparece totalmente deturpada. Ele era uma pessoa pacífica, não violenta. No filme ele é violento e vê-se seringueiro atirando contra fazendeiro. Isso nunca existiu”.
Zuza, irmão de Chico Mendes, conta o episódio da ante-estreia do filme para os seringueiros, amigos de Chico, em Xapuri. “Quando o filme chegou ao fim, os americanos perguntaram o que achavamos. “Uma merda”, foi o que eu respondi, o Chico aparecia que nem um mascarado, um cara ruim que ficava dando murro na mesa. Os americanos saíram daqui putos de raiva porque todo o mundo que assistiu aqui ficou com nojo”.
Com os “gringos”, veio dinheiro e começaram os desentendimentos em relação à forma de continuar a luta de Chico Mendes. Apareceram diversos “continuadores”, nenhum com o carisma de Chico. “O pessoal ficou muito desamparado sem o Chico”, explica Chico Araújo, correspondente no Acre da Agência Estado, “Não houve um sucessor e isso enfraqueceu o movimento de uma forma tal que não deu continuidade”.
Com os desentendimentos, deu-se a divisão dos “herdeiros”. Ilzamar, a viúva, Zuza Mendes, o irmão e outros velhos elementos do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri estão hoje reunidos na Fundação Chico Mendes, em Xapuri. A maioria dos “companheiros” de Chico desentenderam-se com a viúva e seguindo as ideias do PT, partido de que Chico foi fundador no Acre, mantêm o Comité Chico Mendes.
Durante os últimos quatro anos, Ilzamar lutou na justiça pela posse da Fundação e acusa directamente o Partido dos Trabalhadores (PT). “O PT intitula-se dono da luta do seringueiro, identifica-se com a imagem do Chico e eu pergunto: “Que fizeram eles pelos seringueiros? A usina de castanha de Xapuri faliu, os seringueiros estão na miséria...”
O problema principal foi o dinheiro caíndo em catadupa do estrangeiro, proveniente das mais diversas organizações governamentais. “Após a morte do Chico, houve muitos interesses pessoais e financeiros. Muita pessoa se infiltrou no movimento para tirar proveito, deturpando totalmente a luta e os ideais do Chico. O nome do Chico foi transformado em dinheiro”, afirma Ilzamar.
Xapuri, 1998. Chega-se lá ao fim de quase cinco horas de tombos, poeira e calor desde Rio Branco, capital do Acre. A estrada de terra batida está cheia de enormes crateras que o motorista veita, inclinando o “ónibus” junto a uma berma. No autocarro, está tudo coberto de pó e é impossível abrir as janelas, apesar do calor. Para qualquer forasteiro, é uma tortura. Para os locais, nem isso. “Na época das chuvas ou demorava o dobro do tempo ou pura e simplesmente, ficava atolado no meio do caminho”.
Ao longo dos 188 quilometros que separam Rio Branco de Xapuri, a floresta foi desmatada, as árvores que se avistam da estrada são hastes queimadas, tudo é fazendas, o gado pastando onde dantes existiam seringais.
De repente, no meio do nada, surgem crianças e adultos pedalando bicicletas numa interminável rua de terra batida rodeada de casinhas de madeira, assentes em estacas por causa da época das chuvas. Passa-se o muro branco do cemitério, onde de vez enquando o túmulo de Chico Mendes recebe bilhetes de agradecimento ou pedidos. Os bilhetes e roupas encontrados são de seringueiros esperando intervenção divina para os seus problemas. “Eles sempre dizem que a alma dele é milagrosa”, confessa Zuza, o irmão.
A seguir ao cemitério, Xapuri transforma-se numa cidade extensa, os bares em madeira e com pequenos passadiços, abertos para a rua, invariavelmente com uma mesa de bilhar. Agora, Zuza, irmão de Chico, senta-se no edifício em madeira da Fundação Chico Mendes e fala dos anos perdidos, dos quatro anos em que a Fundação esteve fechada devido a uma batalha judicial, do drama actual dos seringueiros, das guerras entre os herdeiros da luta de Chico Mendes, os “pêtistas” (do PT) e os outros. “Rapaz, a situação está muito má, seringueiro não tem como escoar a borracha, aí tem de vender madeira. Os que se dizem continuadores da luta do Chico são pessoas que querem tirar proveito. Houve uma hora em que todo o mundo queria ser o sucessor do Chico”.
Um deles, foi Gumercindo Rodrigues. “Esse queria que os seringueiros se armassem. Um dia, Chico não estava, o Gumercindo queria que todos nós enfrentássemos a polícia à arma. Fui eu que organizei uma votação e votámos que não íamos enfrentar a polícia armada com 5o metralhadora”.
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri nunca mais teve um líder certo. “Já teve muito presidente no sindicato desde que o Chico morreu... Nunca mais respeitaram a assembleia, virou bagunça, basta ver o prédio do sindicato, três, quatro dias de porta fechada”.
Luís Taginho de Oliveira, 65 anos, foi membro da direcção no tempo de Chico: “Acompanhei o Chico em todo o Congresso que tinha. Não havia desunião. Hoje virou intriga, nem eles mesmo se entendem. Chegou muita gente de fora que foi tomando a voz dos seringueiros. Quando ía a um congresso, o Chico levava 30, 40 seringueiros com ele. Agora, só vai a liderança”.
A maior desfeita que fizeram à memória de Chico Mendes, no entanto, foi a de terem deixado Alvarino Alves da Silva, amigo de Darly, “mandante do crime”, inscrever-se no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri. “O Sindicato de Xapuri onde o Chico lutou, sofreu, aceita como sócio um pistoleiro? Isso é uma cobardia, um desrespeito enorme aos seringueiros”.
Zuza chega a caminhar 3, 4, 5 dias no mato para chegar aos seringueiros e se aperceber das dificuldades destes. “Ficam trabalhando de diária para fazendeiro ou vendendo mogno e cedro da própria reserva que era uma ideia do Chico Mendes e que o governo criou após a sua morte”.
Hoje, a situação está tão má que Zuza fala em criar alternativas de trabalho para os seringueiros. “A borracha não dá mais. Eles têm que criar outras alternativas porque senão, vão continuar a ir para a cidade, as filhas a prostituir-se...”
Ninguém em Xapuri acredita que o assassinato de Chico Mendes tenha sido apenas uma decisão de Darly executada por Darcy. “Eles foram a linha da frente, entende? Foram financiados por outros que continuam aí”, explica Zuza.
Ilzamar, a viúva, também não tem dúvidas. “O Darly foi o bode expiatório. Mauro Esposito, o delegado de Rio Branco na época, participava das reuniões dos fazendeiros com Darly. Esse Mauro foi o verdadeiro mandante. O Mauro e os fazendeiros sumiram na época quente, depois da morte do Chico. O único que ainda não voltou foi Mauro”.
Mauro Esposito, ocupa hoje o cargo de superintendente da polícia federal no Amazonas, em Manaus, e dez anos depois, afirma que Chico era seu colaborador, Chico Mendes que a 30 De Novembro de 88, pouco mais de 20 dias antes de morrer, acusava Mauro de estar envolvido num complot entre fazendeiros e secretaria de segurança visando liquidá-lo.
“Esse Mauro Esposito é um canalha. Um cara que só perseguiu o Chico, agora vem dizer que era amigo dele”, comenta Ilzamar. O Mauro Esposito está envolvido na morte de Chico Mendes? “Concerteza, foi o verdadeiro mandante”.



Saudades de Chico Mendes (escrito em 1998)

Um dos homens que mais de perto colaborou com Chico Mendes e chegou a ser apontado como seu sucessor, recorda os anos de confrontação entre seringueiros e fazendeiros, as ameaças a Chico e, finalmente, como tudo aconteceu.


“Vem cá, vamos jogar de parceiro”. Dia 22 de Dezembro de 1988, 18h00. Gumercindo Rodrigues, amigo e companheiro de Chico Mendes, líder dos seringueiros de Xapuri, Estado brasileiro do Acre, chega à pequena casa de madeira de Chico Mendes. “Ele estava lá jogando dominó com os dois policiais que faziam a segurança”, recorda Gumercindo dez anos depois, no alpendre de casa, em Rio Branco. “Aí, a mulher dele chegou e disse que ía botar o jantar. O Chico decidiu ir tomar banho e eu saí para dar uma volta de moto”.
Nessa altura, Gumercindo andava preocupado. “Desde Abril, sempre que eu abria a janela do sindicato dos trabalhadores rurais de Xapuri, lá estavam dois pistoleiros sentados, sem fazer nada. Um deles era o Darcy. Todos os dias, desde Abril a Dezembro. A partir de 13 de Dezembro, deixou de haver pistoleiros. Eu achei que havia qualquer coisa de estranho e disse ao Chico: “Tem alguma coisa de errado, Chico, eles não estão cá”.
Nessa fatídica tarde de dia 22, Gumercindo procurou os pistoleiros pela última vez. Quando regressou, pôde ouvir Ilzamar, a esposa de Chico Mendes gritar: “Atiraram no Chico!” Gumercindo descontrolou-se: “Seus filhos da puta! Não fizeram nada!”, gritou aos dois polícias. Chico Mendes tinha aberto a porta das traseiras para chegar ao “banheiro” e deparara com a lâmpada lá de fora apagada. Ao focar a casa de banho com uma lanterna, recebera um tiro no tórax
“Nessa altura, ainda havia poucos carros em Xapuri. Corri a pedir o carro a um bancário, já estavam colocando o Chico num camião para ir para o hospital. Como eu estava de bermuda, não deixaram eu entrar no hospital. Perguntei ao compadre que tinha carregado o Chico. Ele disse: “O Chico ‘tá morto”.
Gumercindo ainda foi a casa buscar a arma e começou a telefonar para todo o lado. Ao quinto telefonema, o telefone ficou mudo. Foi para a TeleAcre. “As pessoas não acreditavam, diziam “não brinca com isso”. Só entenderam quando ouviram eu chorando ao telefone”.
O dia 22 de Dezembro de 1988 culminaria os anos acesos da década de 70 e 80, quandos fazendeiros “paulistas” invadiam à força os seringais, procurando espaço para desmatar e implantar fazendas. “Era uma época de muita violência”, recorda agora Gumercindo, “os fazendeiros, “os paulistas”, passavam de avião e decidiam comprar 100 mil 200 mil hectares por valores muito mais baratos que em Goiânia ou Mato Grosso. Contratavam um capataz e muitos jagunços que chegavam nos seringais, tocavam fogo na casa de seringueiro, amarravam seringueiro e espancavam, obrigavam ele a assinar quitação de revolver na cabeça”.
O primeiro sinal de organização dos seringueiros foi o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Basiléia, a que Chico Mendes pertenceu antes de fundar o de Xapuri. A 21 de Julho de 1980, Wilson Pinheiro, presidente do sindicato, é assassinado dentro da sede. Uma semana depois, um fazendeiro é assassinado em aparente retaliação. O julgamento está marcado para o final deste ano, 19 anos depois, 27 seringueiros são acusados e Gumercindo é o seu advogado de defesa.
É no cruzar dos anos 70 para os 80 que aparece Chico Mendes, filho dos seringais, cortador de seringa como poucos, carismático. “O Chico tinha uma capacidade de liderança muito grande. Por vezes, as pessoas estavam muito nervosas e dispostas a enfrentar a polícia. Ele dizia: Não, não vamos perder companheiros”.
Gumercindo, então um agrónomo desempregado que se apaixonara pelas ideias de Chico, participou de muitos “empates” com Chico Mendes. Os “empates” eram situações em que os fazendeiros queriam desmatar uma determinada área de floresta e os seringueiros íam lá proteger as árvores. “No primeiro empate em que participei, um fazendeiro queria desmatar 700 hectares. A polícia estava lá protegendo a derrubada porque o juiz achava que não ía atingir nenhum seringal. Pedimos um agrónomo do Incra e obrigámos o juiz a desviar a derrubada. Cheguei a participar em “empates” com 40 policiais protegendo as derrubadas Conseguimos impedir o desmatamento de várias áreas que hoje estão na Reserva Extrativista Chico Mendes”.
Defensor de uma luta pacífica, Chico Mendes nunca contemporizou com os que o ameaçavam. “Nunca sentou com os fazendeiros que o ameaçavam, como o Darly. Uma vez, o secretário de segurança pública do Acre pediu ao Chico para ir à delegacia de Xapuri. O Chico entrou e viu o Darly a conversar com o secretário. Este disse: “Vai Chico, dá mão de amigo para o Darly”. O Chico virou costas e foi embora.
Uns dias mais tarde, Chico Mendes, que tinha sido alfabetizado até à quarta série no seringal, escreveria: “O secretário quis que o Chico desse mão de amigo para Darly. Foi como combinar que o lobo não vai atacar a ovelha. Noutro dia, a ovelha vai dizer que não sabia de nada, que não combinou nada”.
Em Rio Branco, capital do Acre, onde Chico Mendes ía cada vez com mais frequência fazer denúncias ou queixar-se das ameaças de morte, o líder do sindicato dos trabalhadores rurais de Xapuri era tratado com pouco respeito. “A imprensa daqui dizia que ele ía lá para fora denegrir a imagem do Acre. Muitos jornalistas gozavam com o facto de ele se queixar das ameaças. Quando o Chico denunciou a ameaça de morte, um jornalista chegou com um cabo de vassoura por trás: “ô cara, você não morreu ainda?”
Para os políticos locais, Chico Mendes estava a atrapalhar o progresso, especialmente quando denunciava o não cumprimento das compensações ambientais da construção da estrada Porto Velho-Rio Branco. “Em Rio Branco, ele era um “babaca”, os políticos diziam que ele saía do Acre para falar contra as estradas”. No estrangeiro, entretanto, jornalistas interessavam pela luta de Chico nos confins da Amazónia. “Eu estava em Curitiba, em 1987 quando um casal de jornalistas ingleses me disse que um editor de um grande jornal do Rio de Janeiro nunca ouvira falar de Chico Mendes”.
Hoje, Gumercindo Rodrigues, tronco nú, calções, sandálias, senta na cadeira de baloiço com o filho de meses ao colo, no alpendre de casa, em Rio Branco, Estado do Acre e recorda as palavras de Chico a 22 de Dezembro de 1988, como se fosse hoje: “Vem cá, vamo jogar de parceiro”. Gumercindo cala-se por momentos, segura o bébé ao colo, que teima em querer chorar e diz: “Tem coisas que ninguém sabe explicar. Meu filho nasceu a 22 de Dezembro. Nesse dia ele nunca vai festejar”.

ACRE TERRA ESQUECIDA (CLICAR)

A morte absurda da pesquisadora portuguesa Vanessa Sequeira nos confins do Estado brasileiro do Acre lançou de novo a luz sobre um canto problemático e esquecido do Brasil. Agora, já não há desculpas para esquecer nem o Acre nem o trabalho corajoso do jornalista Altino.