estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2006-03-31

FÉRIAS

As férias do Estradas Perdidas terminam em breve. That's for sure...

2006-03-15

BREAKING NEWS: ESTÁDIO DA LUZ ASSALTADO

Pela segunda vez em apenas três dias, larápios entraram sem pudor no Estádio da Luz e roubaram a equipa da casa. Hoje à noite, o assalto foi perpetrado com a ajuda dos braços de um dos assaltantes enquanto uma das vítimas, o guarda-redes do Benfica, gesticulava, pedindo auxílio. É caso para dizer: Querem mais? Roubem à vontade!

2006-03-13

BENFICA-O-NAVAL-O

r2161222175[1]
Quando a bola não quer entrar e o árbitro não marca um penalty tão claro sobre o Léo-Pilhas Duracell, o que se há-de fazer? Apoio não lhes faltou, mais uma vez eramos 50 mil na Luz

2006-03-09

Un,deux, trois!

_41418366_sabrosa416[1]
Mais Simão, oh la la, c'est formidable...
_41418422_miccoli416[1]
Uh lalala..mais il joue trés bien ce Micolli...
_41418432_dejectedpool416[1]
Liverpool: Alguém com que dá gosto jogar. E Anfield Road, no final, a aplaudir o Benfica? Foi bonito!

2006-03-07

ALI FARKA TOURÉ (1939-2006)

Ali_2005%20Youri%20Lenquette%202[1]Quis o destino que no dia 21 de Julho de 2005 perdesse o avião para a Polónia. Esse mesmo destino levou-me na noite seguinte ao Anfieatro Keil Amaral, em Monsanto, onde totalmente à borla, ouvi o grande Ali Farka Touré! Só agora soube que nesse grande e afectivo concerto, Ali Farka Touré já estava doente. A magia dessa noite não será esquecida tão depressa aqui no Estradas Perdidas.

Sertanejo é forte

Posted by Picasa Acho que o olhar e a pose dizem tudo. "Sertanejo é forte".








Foto Estradas Perdidas algures entre o Pernambuco e a Paraíba, Brasil

2006-03-06

A PLACA

Posted by Picasa O camião parou para abastecer. Não precisei perder muito tempo com o trânsito porque ali pouco mais passavam que pesados. Dava até para ficar no meio da rodovia, da estrada e enfrentar o vazio. Corri para a outra berma, a outra margem e descobri a placa, entre as ervas. Quem disse que a Bahia não é verde?

O que o pessoal vai ter de gramar quarta-feira

"When you walk through a storm
Hold your head up high
And don't be afraid of the dark.
At the end of a storm,
There's a golden sky,
And the sweet silver song of a lark.
Walk on through the wind,
Walk on through the rain,
Though your dreams be tossed and blown..
A050525_OT_LIVERPOOL_FANS1_V[1]
Walk on, walk on, with hope in your heart,
And you'll never walk alone.......
You'll never walk alone.
Walk on, walk on, with hope in your heart,
And you'll never walk alone.......
You'll never walk alone

2006-03-05

PARINTINS, AMAZONAS, É GARANTIDO!

Parintins_2004_078[1]
Numa ilha perdida no seio da Amazónia, a 420 quilómetros de Manaus. Todos os anos, em Junho, milhares de pessoas invadem-na por barco e avião para assistir à maior festa cultural do norte do Brasil, o Boi-Bumbá de Parintins. O mega-festival de cor, movimento, luz e pirotecnia envolve a multidão durante três dias até se transformar numa catarse. No “Bumbódromo”, o “povão” descarrega toda a sua energia. O som é ensurdecedor, o êxtase colectivo.


“Aqui eu esqueço tudo, esqueço que sou policial, que tenho filho e mulher, aqui não sou policial, não sou porra nenhuma”. É aos gritos, muitos perto dos meus ouvidos, que Isaac Martins da Silva se tenta explicar. Tem 35 anos e é polícia em Manaus mas em Parintins não passa de mais um entre milhares de foliões que acorreram ali, à pequena ilha de Tupinambarana, ao pequeno porto do Amazonas, a 420 quilómetros de Manaus, no último fim de semana de Junho, para assistir ao maior festival folclórico do norte do Brasil.
Estandarte do Boi Caprichoso na mão, t-shirt de alças, suando por todos os poros, Isaac era um homem feliz. “Aqui eu quero é contagiar no ritmo”-
A ilha de Tupinmbarana é um território de 7.069 quilómetros quadrados, húmido, verde, perdido no meio da Amazónia, habitado por caboclos, búfalos e cavalos mas que no final de Junho se transforma em lugar festivo que muitos comparam ao carnaval do Rio de Janeiro. Durante três dias, divididos no apoio ao Boi Caprichoso, azul e ao Boi Garantido, vermelho, 35 mil pessoas assistem e participam nas bancadas do estádio, o Bumbódromo e construído em formato de cabeça de boi, a um mega espectáculo que envolve dez mil figurantes, gigantescas figuras alegóricas e envolve toda a gente num ambiente de catarse.
mapa_am
O Boi Bumbá de Parintins, inspirado no Bumba Meu Boi de São Luís do Maranhão que os migrantes nordestinos levaram para o Amazonas, acabou por se transformar num intenso ritual amazónico, com figuras próprias, como o Pai Francisco, a Mãe Catirina, Tucháuas, Cunhã Poranga, Pajé, usando lendas, rituais e ritmos indígenas.
Conta a lenda do Boi Bumba que a Mãe Catirina, grávida, desejava comer a língua do boi. O Pai Francisco, para a satisfazer, matou o melhor animal do patrão e fuguiu para a floresta. O dono da fazenda, revoltado, resolveu fazer justiça e mandou vaqueiros e índios em busca do malfeitor. Ao ser preso, o Pai Francisco pediu socorro ao Padre e ao Pajé (curandeiro). Eles então realizaram um grande ritual para ressuscitar o boi. Essa lenda é encenada em pleno Bumbódromo pelas duas escolas, Garantido e Caprichoso.
O Festival propriamente dito dura três noites, três sessões de seis horas cada uma, nas quais, a escola vermelha, a do Boi Garantido, tenta ser melhor em tudo, que a do Boi Caprichoso, a azul. Para tal, ambas as escolas, que trabalharam três meses nos “quartéis-generais” respectivos, levam a coreografia e a construção de gigantescas e espectaculares figuras alegóricas a um nível de perfeccionismo desmedido. No Bumbódromo, as apresentações são feitas sob o som de músicas electrizantes, muito alicerçadas no som dos tambores, às quais se sobrepõe a voz dos animadores, que não se cansam de puxar pela multidão, até esta atingir o êxtase, agindo como uma entidade só.
estados_am_parintins[1]
Enquanto dura a apresentação de um boi, só a “galera” desse boi se pode manifestar. A outra tem de ficar em silêncio. Metade do estádio está em delírio e convulsão, o outro às escuras e em total silêncio. Se os apoiantes contrários se manifestarem, o seu boi é desclassificado.
Metade do Bumbódromo, a do lado esquerdo, é vermelha e é onde ficam os apoiantes do Boi Garantido. A outra metade é azul e pertence à “galera” do Boi Caprichoso. Cada “galera” tem de ser mais vibrante, mais entusiasta, mais colorida do que a outra, porque no apuramento final do boi vencedor, a prestação da “galera” também conta. Os apoiantes, todos vestidos com a cor do boi preferido, vão para o Bumbódromo por volta das três da tarde e começam logo a ensaiar os movimentos, as “toadas”, nunca parando de saltar e cantar até às três da madrugada do dia seguinte, quando termina o espectáculo. Pelas 18h00, já um animador puxa pela “galera”, pede garra, “vontade de vencer”.
“Vamos aí, galera do Caprichoso!” Dentro do Bumbódromo, ainda o “show” dos dois bois rivais não começou e já as duas “galeras” rivais dão espectáculo, agigantando bandeiras, tocando batuques até à exaustão, indiferentes ao insuportável calor tropical que põe toda a gente a suar em bica, inclusivamente os empregados que carregam malas térmicas com água, cerveja e refrigerante e são os primeiros a queixar-se do calor. “Rapaz, mesmo para a gente, esse calor, hoje, é demais”, lamentava Roberto, caboclo de Roraima, que veio para trabalhar como garçon no Bumbódromo. “A gente, os garçons, é tudo pessoal de fora. Tem pessoal de Manaus, Itaituba, Santarém, Boa Vista…”
A maioria dos apoiantes dos dois bois também vem de fora. Há gente que vem do Rio, de São Paulo, de todo o lado. Adilson Carrasco, 35 anos, todo de azul, penas azuis de índio na cabeça, veio de Cuiabá, Estado do Mato Grosso, de moto, através da BR-163, a estrada que rasga os confins da Amazónia e só é transitável na época seca. “Isso aí é uma coisa linda, valeu a pena viajar tudo isso para ver esse espectáculo maravilhoso”. Daí a pouco, Adilson já agita os braços, para o lado esquerdo, para o lado direito, cantando os temas do Boi “Caprichoso” com a galera azul: “Ohohoh, ô, ô, ô, ô,ô!”
bumbodromo3[1]
Quando se anuncia o Boi Garantido soa um troar incrível e rebenta um mar de foguetes junto ao Bumbódromo. Enquanto a galera azul fica em silêncio, a do Garantido entra em convulsão, num mar vermelho, de bandeiras, braços para cima, para baixo, para os lados. Na arena, entram centenas de figurantes vestidos de vermelho e branco. Daí a pouco, entram duas filas de índios, no meio de uma apoteose que não pára.
É altura de dezenas de elementos em nervosismo empurrarem para dentro da arena enorme caravelas, construídas em armação de ferro e revestidas a esferovite. A música nunca pára, nem a multidão, que balançará assim, ao som das toadas do boi Garantido, durante horas. Na arena, descobridores e índios enfrentam-se, os descobridores em cima de gigantescas paliçadas. No final, a maior caravela de todas dizima os figurantes índios ao som do troar dos canhões.
As coreografias sucedem-se. Ao som de uma música triunfal, entra uma gigantesca figura de braços abertos, um coração como ceptro. É uma enorme figura giratória, rodeada de seres em cavalinhos, segurando estandartes. O efeito é de pasmar e o êxtase da galera chega ao som de “Vermelho”, um dos hinos do Boi Garantido popularizado fora de Parintins por Fafá de Belém.
Sempre que o show parece chegar ao fim, entra uma nova alegoria, de seis, sete metros de altura, sob o efeito das luzes, o ribombar de foguetes, o delírio do público vermelho, que agita um mar de chapéus brancos. Entra um monstro com asas, uma figura articulada que esperaríamos ver num show dos Rolling Stones mas nunca aqui, nos confins da Amazónia.
Mal a apresentação do Boi Garantido termina, três horas depois de ter começado, a galera do Caprichoso abandona o silêncio a que se tinha remetido e explode. Chegou a sua vez: “Oh, oh, ôôôôôh!Eieieiei!” A multidão azul, só por si é um espectáculo, agitando os braços, segurando cartões azuis que se agitam para trás e para a frente, dando a impressão de que se trata de um gigantesco mar. O efeito só é possível porque toda a gente dança, salta, para a esquerda e para a direita.
Lá fora, junto ao Bumbódromo, os elementos de cada boi aprontam até à última hora as grandes alegorias, numa confusão de guindastes, tintas, colas, maçaricos para soldar as estruturas em ferro. Está tanta gente ou mais do que lá dentro, enchendo a corda de bares e barracas que rodeiam o estádio, assistindo pela televisão ou em ecrã gigante a todos os pormenores do festival ou simplesmente dançando e bebendo, num frenesim de carnaval, que leva as autoridades do Amazonas a realizar uma campanha a favor do uso da “camisinha”.
Parintins, o pequeno porto adormecido a meio caminho entre Manaus e Santarém, uma cidadezinha plana, de casas coloridas de madeira, onde toda a gente parece andar de moto e bicicleta, entre uma paisagem verde, de bois, búfalos, rodeada de água por todo o lado, transforma-se completamente durante os dias do festival.
Cada casa de família passa a ser um bar, oferecendo churrasco, carne de sol, farofa, feijão, macacheira. Outros alugam todo o tipo de quartos a preços exorbitantes. A cidade, essa, divide-se em azul e vermelho. Há zonas de Parintins onde de um lado da rua todos torcem pelo Caprichoso e do outro, é tudo Garantido. Conta-se que à nascença, antes mesmo de se saber se é menino ou menina, se pergunta: “É Caprichoso ou Garantido”? 20051506-bumbodromo1[1]
Foto www.parintins.com

Uma verdadeira ponte aérea Manaus-Parintins é montada todos os anos, com voos charter a toda a hora. A maioria dos turistas prefere chegar a Parintins nos barcos de madeira de dois ou três andares, dormindo nas redes que enxameiam os decks. De Manaus a Parintins? Oito horas, descendo o Amazonas. De Parintins a Manaus? Umas 30 horas, subindo o rio.
“Rapaz, foi ruim demais. O barco parou três vezes por causa dos troncos de madeira no rio, o ar condicionado estava avariado, todo o mundo em cima de todo o mundo. Da próxima vez, venho de avião”, queixou-se um folião.
Pelo ar é mais rápido e divertido. Fiz Parintins-Manaus num táxi aéreo onde a principal distracção dos 15 passageiros era esmagar os mosquitos contra o texto enquanto esqueciam o intenso cheiro a suor.
A transformação da sonolenta Parintins é tão grande durante o festival que o fim de festa não podia ser mais brutal, repentino e triste. Os milhares de visitantes partem quase todos de barco, logo na madrugada do último dia. Os voos não páram desde as cinco da manhã. No dia seguinte, Parintins acorda com as ruas vazias, cobertas de montes de lixo, os elementos de cada boi desmantelando as figuras alegóricas. “É, isso agora fica triste, todo o mundo vai embora”, lamentava uma cabocla.
parintins
Foto Flavio Bacellar

Por volta das três da tarde do dia seguinte, os habitantes ficam concentrados junto aos rádios, ouvindo atentamente a votação dos jurados. Na mercearia Helen, da Dona Raí, “todo o mundo torce” pelo Garantido. Até ao último minuto, qualquer um dos bois pode ganhar. Até que a decisão final chega pela telefonia: “Caprichoso é campeão!” Pelas ruas de terra batida, começam a afluir rapazes e raparigas com bandeiras e t-shirts azuis, a gritar: “Caprichoso ganhou! Caprichoso ganhou!” A festa recomeça para terminar na manhã seguinte.
Scan0006
Fim de festa na Mercearia Helen, o meu porto de abrigo em Parintins. Eu e a Dona Raí, que me alugou um quarto no primeiro andar, uns cinco minutos do Bumbódromo mas a quinhentos anos-luz do Boi-Bumbá das vedetas que chegam de jatinho de São Paulo
Scan0001
Foto da despedida em Parintins. Dona Raí e as filhas

2006-03-03

SUPPORT OUR TROOPS

1116841866[1]
Vão ser cerca de 2.500 os benfiquistas a torcer em Anfield Road na próxima quarta-feira. Que gritem o máximo que a gente grita aqui em Portugal. Aqui da santa terrinha vão 1.900 e outros 600 deslocam-se de diversos pontos da Europa. Infelizmente, pelas regras actuais, a equipa visitante só tem direito a cinco por cento dos bilhetes. De Inglaterra à Suíça e por toda a Europa, junto de casas e de núcleos de benfiquistas, choveram pedidos de bilhetes.
O Benfica apostou em distribuir os ingressos da forma mais alargada possível, com o custo de apenas poder entregar poucos bilhetes a cada núcleo. O Sport London e Benfica, por exemplo, que para o Manchester United tinha escoado quase dois mil ingressos, desta feita não pôde ir além dos 250. Bem menos foram entregues no Luxemburgo, em Paris ou nas casas do Benfica na Suíça. Paciência..."Support our troops!"

25 DE ABRIL SEMPRE

cravo[1]
O Boss vai lançar um novo álbum a 25 de Abril e logo de temas associados ao lendário cantor de protesto Pete Seeger. O disco chama-se "We Shall Overcome The Seeger Sessions" e inclui a intrepretação por parte de Bruce Springsteen de 13 temas folk tradicionais. Ao contrário de "Devils and Dust", o álbum conta com um fundo de múltiplos instrumentos: violino, tuba, guitarra, banjo, baixo, percussão, orgão, piano, acordeão, saxofone, trompete e trombone.
Os fãs, ou seja, nós, o pessoal, vão ou vamos ter direito a 30 minutos de DVD do "making of"do cd. Razões redobradas para nos sentirmos satisfeitos: Mais uma tournée!!!

BOMBAIM

Scan0006
Aqui o Pedrão surge acompanhado do Gonçalo, o irmão mais novo na confusão minimal dos arredores de Bombaim, na India. Havíamos chegado do Sri Lanka e para poupar energias antes do voo para Frankfurt, Alemanha, na noite seguinte, decidimos ficar num hotel perto do aeroporto. Mesmo assim, o frenesim à frente do hotel era suficiente para assustar qualquer trauseunte português.

PEDRÃO

Scan0006
Chegou a hora do Estradas Perdidas prestar a sua homenagem a esse sonhador e rapaz com R grande que dá pelo nome de Pedro Ferreira. Eis o Pedrão captado na entrada da Pousada da Cachoeira da Pedra Caída, perto de Carolina, Maranhão, Brasil. À espera do "ónibus", pois claro. A mochila preta é minha:)

PSICANÁLISE MUSICAL

Se eu agora for ao armário do cérebro e pensar imediatamente em canções de que gosto muito e que ouvi bastante, as primeiras a surgir são country, bluegrass e rock embora também goste de muitos temas de blues e de soul e tran tran tran...
Vou fechar os olhos e pensar em dez temas:
1- The River (Bruce Springsteen)
2- Stand By Me (Ben E King)
3- Silver Wings (Merle Haggard)
4- Blue Eyes Cryin' In The Rain (Willie Nelson)
5- 20-20 Vision ( Jimmy Martin)
6- Simple Man (Lynyrd Skynryd)
7- You (Bonnie Raitt)
8- From a Distance (John Prine)
9- Sweet Dreams (Don Gibson)
10- I Still Miss Someone (Johnny Cash)

2006-03-02

WILLIE FOR PRESIDENT

hope
Mama don't let your babies grow up to be cowboys
Don't let 'em pick guitars and drive them old trucks
Make 'em be doctors and lawyers and such
Mama don't let your babies grow up to be cowboys
They'll never stay home and they're always alone
Even with someone they love
Cowboys ain't easy to love and they're harder to hold
And they'd rather give you a song then diamonds or gold
Lonestar belt buckles and old faded Levi's each night begins a new day
And if you don't understand him and he don't die young
He'll probly just ride away
Mama don't let your babies grow up to be cowboys
Don't let 'em pick guitars and drive them old trucks
Make 'em be doctors and lawyers and such
Mama don't let your babies grow up to be cowboys
They'll never stay home and they're always alone
Even with someone they love
Cowboys like smokey old pool rooms and clear mountian mornign's
Little warm puppies and children and girls of the night
And them that don't know him won't like him
And them that do sometimes won't know how to take him
He ain't wrong he's just different but his pride won't let him
do things to make you think he's right
Mama don't let your babies grow up to be cowboys
Don't let 'em pick guitars and drive them old trucks
Make 'em be doctors and lawyers and such
Mama don't let your babies grow up to be cowboys
They'll never stay home and they're always alone
Even with someone they love
Mama don't let your babies grow up to be cowboys
Don't let 'em pick guitars and drive them old trucks
Make 'em be doctors and lawyers and such

2006-03-01

DEVILS AND DUST

r2257492250[1]
I got my finger on the trigger
But I don't know who to trust
When I look into your eyes
There's just devils and dust
We're a long, long way from home, Bobbie
Home's a long, long way from us
I feel a dirty wind blowing
Devils and dust
I got God on my side
And I'm just trying to survive
What if what you do to survive
Kills the things you love
Fear's a powerful thing, baby
It can turn your heart black you can trust
It'll take your God filled soul
And fill it with devils and dust
Well I dreamed of you last night
In a field of blood and stone
The blood began to dry
The smell began to rise
Well I dreamed of you last night, Bobbie
In a field of mud and bone
Your blood began to dry
And the smell began to rise
We've got God on our side
We're just trying to survive
What if what you do to survive
Kills the things you love
Fear's a powerful thing
It'll turn your heart black you can trust
It'll take your God filled soul
Fill it with devils and dust
It'll take your God filled soul
Fill it with devils and dust
Now every woman and every man
They wanna take a righteous stand
Find the love that God wills
And the faith that He commands
I've got my finger on the trigger
And tonight faith just ain't enough
When I look inside my heart
There's just devils and dust
Well I've got God on my side
And I'm just trying to survive
What if what you do to survive
Kills the things you love
Fear's a dangerous thing
It can turn your heart black you can trust
It'll take your God filled soul
Fill it with devils and dust
Yeah it'll take your God filled soul
Fill it with devils and dust
(Bruce Springsteen)