estradas perdidas

Atrás de casa, encoberta por tufos de erva daninha, silvas e bidões abandonados, o comboio de janelas iluminadas vinha das Quintãs e silvou depois do túnel em curva, em direcção a Aveiro. Ali ao lado há uma estrada, a minha primeira estrada. Mulheres e homens cruzam-na impelindo teimosamente os pedais das bicicletas. Junto à vitrine de um pronto-a-vestir lê-se "Modas Katita". De uma taberna, saem dois homens que se dirigem para duas Famel-Zundapp. Estrada perdida.

2005-10-31

CLIQUE AQUI E ASSINE A PETIÇÃO PARA MANTER O B.LEZA

12setembro_Bleza[1]

O B.Leza tem de deixar as instalações que sub-alugava ao Casa Pia Atlético Clube. Esta agremiação já finalizou as mudanças do espólio da biblioteca-museu que mantinha no palácio do Largo do Conde Barão e vai entregar agora as chaves aos proprietários com os quais já acordara em tribunal saír em fim de Agosto.
Os gerentes do B.Leza já têm uma reunião marcada para quinta-feira com a Câmara de Lisboa e puseram a circular um abaixo-assinado na internet. “Pretendemos conseguir apoio para encontrar um espaço alternativo para o clube. Precisamos de um espaço”.
O texto do abaixo-assinado (disponível no endereço www.marvirtual.com/bleza) acentua a importância da continuidade do projecto: “O palácio Almada Carvalhais acolheu o B.Leza e, com ele, tantos quantos os que quiseram vir e participar. Música e não só. Cinema, teatro, Exposições de Fotografia e Pintura, acções de Solidariedade (...). Foram muitos os que passaram pelo B.Leza. Se é um dos muitos que ficou, diga-nos que acredita na importância da continuação deste projecto...”
Instalado no Palácio do século XVI, classificado como monumento nacional, que pertenceu aos Almadas, Provedores da Casa da Índia, o B.Leza era um espaço único desde a arquitectura do páteo interior, das janelas de sacada e das arcadas até à intimidade e convívio cultural na sala e no corredor.
A sala do Casa Pia Atlético Clube era desde há 20 anos um espaço de animação cultural na noite lisboeta. Entre 1985 e 1989, protagonizou às sextas-feiras as “Noites Longas”, organizadas por Zé da Guiné, Hernâni Miguel e Mário Duarte. Ali se sucederam os lançamentos de livros, as passagens de moda e os concertos dos Xutos e Pontapés, Ena Pá 2000 ou Delfins.
Em 1989, nasceu na mesma sala o clube de música cabo-verdeana O Baile, onde tocaram e cantaram nomes da música cabo-verdeana como os Tubarões, Cesária Évora, Tito Paris, Celina Pereira e Paulino Vieira. O Baile daria lugar ao B.Leza em 1995. Foi lá que Tito Paris gravou em 1998 o seu disco duplo ao vivo. O álbum obteve grande projecção internacional e o crítico do prestigiado All-Music Guide recomenda-o vivamente aos amantes da música cabo-verdeana, elogiando a “energia” e a “qualidade da gravação”.Mais tarde, em 2003, a editora Movieplay lançou “Ao Vivo No B.Leza”, um disco que contem gravações feitas naquela sala em Janeiro e Junho de 2002. Neste último, participam SAP, Nancy Vieira, BIUS, Filipe Mukenga, Maria Alice, Filipa Pais, Dany Silva, Bana. Durante dez anos, o B.Leza expôs a música e a cultura cabo-verdeana a um público nacional e internacional. “Conseguiu juntar várias músicos de qualidade no mesmo espaço e as pessoas puderam passar a ir ouvir muitos cantores de renome”, explicou Tito Paris.

2005-10-30

PASSEIO DE OUTONO

Posted by Picasa Santo António da Caparica, 30 de Outubro de 2005
Posted by Picasa Santo António da Caparica, 30/10/2005
Posted by Picasa Há duas semanas as ervas desta clareira na Mata de Santo António da Caparica estavam secas. Abençoada chuva que me regaste o quintal e...me fazes doer os ossos...
Posted by Picasa Caparica, 30 de Outubro de 2005

OLHA A MINHA TENDA

Posted by Picasa "Apesar de tudo tenho sorte. Sobrevivi ao terramoto e tenho uma tenda para mim e para a minha família. Há muita gente perdida aí pelas montanhas sem comida nem roupa para o Inverno nem tenda. Precisamos de mais 600 mil tendas! Vá, de que é que estão à espera? Levantem o rabo do sofá!"

Mortes confirmadas no terramoto de 7.6 na escala de Richter que atingiu o norte do Paquistão a 8 de Outubro: 54 mil
Estimativa do governo paquistanês: 80 mil mortos.
Feridos: 78 mil
Desalojados: 3 milhões e 300 mil
Tendas: São precisas mais 600 mil

A NOVA CORRIDA AO ÁRTICO

Posted by Picasa Um grupo de cientistas previu no ano passado que o gelo polar pode derreter até ao final do século XXI. Resultado: O gelo derrete, os navios conseguem obter novas rotas e chegar mais fácilmente ao gás natural e ao petróleo que ainda se esconde nas profundezas da região. Os serviços geológicos dos Estados Unidos consideram que um quarto dos recursos energéticos do planeta que ainda não foram descobertos se encontram no Ártico.
Países como os Estados Unidos, Canadá, Rússia, Noruega e Dinamarca já travam uma surda e muito pragmática guerra pela delimitação das suas fronteiras no Ártico. Que se danem as consequências climáticas do degelo, primeiro está a exploração económica dos bens naturais!

2005-10-28

VLADIVOSTOK fica longe...

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Foto Vladivostok News

O Luch-Energy de Vladivostok, no extremo-oriente da Rússia é o virtual campeão da IIª divisão do campeonato russo de futebol a duas jornadas do fim. Segundo as contas do jornal Sport Express, um adepto de um dos sete clubes de Moscovo que queira deslocar-se a Vladivostok vai ter de gastar 15 dias e 800 dólares (660 euros) para ver a sua equipa jogar. Os cerca de 660 euros são o preço da viagem de sete dias desde a capital russa até à cidade portuária do Pacífico, num total de 6.500 quilómetros. Ao bilhete de transporte terá ainda de se somar, pelo menos, uma noite num hotel barato.
De avião, a viagem custará mil dólares (825 euros) e demora nove horas, no caso de se optar por um Boeing ou um Iliushin. Os clubes habitualmente preferem voos mais baratos a bordo de um Tupolev- 134, que duram 13 a 14 horas.

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Adeptos do Luch-Energy festejam a subida de divisão
(Foto Vladivostok News)

2005-10-27

DEMOLIÇÕES NAS MARIANAS

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Foto Pedro Vilela

À semelhança de outros bairros de barracas da Grande Lisboa, as demolições continuam no Bairro das Marianas, na Parede. Todos os que não foram inscritos no Programa Especial de Realojamento (PER) que fechou em 1993, não têm direito a ser realojados. A associação Solidariedade Imigrante contabiliza cerca de 200 famílias cujas barracas vão ser demolidas na área metropolitana.

Terça-feira, depois da entrada do Corpo de Intervenção (CI)

"Pelo menos podiam respeitar o peixe e o pão que estávamos a comer", diz Dinis Pedro Fernandes, morador do Bairro das Marianas de 43 anos. "Mandaram a comida abaixo, empurraram-nos como cães."
Celeste Gomes, 32 anos, grávida de oito meses, queixa-se de ter sido empurrada e agredida num dedo por um dos agentes do CI, que não se cansa de identificar: "Ele empurrou. Eu disse "não me empurras" e então ele apertou-me o dedo para me fazer parti-lo."
A chegada das câmaras de televisão parece ter ajudado a amenizar as coisas. "Agora que viram as televisões e que os jornalistas estão aqui, eles estão muito mais dialogantes. Vocês deviam estar é aqui sempre."
Durante a tarde, e depois de terem sido demolidas três casas, vários moradores e elementos da associação Solidariedade Imigrante sobem para cima dos telhados das barracas ainda por demolir, erguendo faixas de protesto e exasperando a polícia.
Entre os moradores que protestam, há muitas mulheres. "Eu hoje não dormi", explica Ivete Barros, 37 anos. "Eu trabalho à noite nas limpezas em Chelas. Não dormi nem comi até agora e vou trabalhar às 11h00 da noite".
O comandante do Corpo de Intervenção fala com os seus homens concentrados em frente a uma barraca em cujo tecto estão militantes empoleirados. A escavadora avança por cima de relva, lama, escombros. "Vamos embora, vamos embora!", diz o comandante. "Vamos lá". Os polícias de choque cercam a barraca. Mais moradores e activistas sobem para cima do telhado.
"Está a ouvir? Você está a ouvir? O senhor não pode estar aí! Está a ouvir? Não pode estar aí!", grita um polícia para um jovem militante. O jovem grita: "Bata, pode bater! Há bocado foi a abrir, agora que está aqui a comunicação social está mansinho!"
A escavadora aproxima-se, espera um sinal. "Queria ver se fosse a tua família, se te estavas a rir!", grita um homem para um agente do Corpo de Intervenção que abana a cabeça e ri. Por perto, um polícia à paisana, vestido de blusão e calças de ganga, empunha uma shotgun.
"Eu respeito todas as pessoas e não estou nervoso, não me digas que estou nervoso", diz um jovem guineense a um polícia à paisana, os dois em cima de um monte de escombros a assistir à cena dos militantes empoleirados em cima da barraca. "Isto mexe com toda a gente, não penses que nós temos prazer em estar aqui", explica-lhe o polícia. "Aqui não há humanidade. Tu podes dizer que a câmara não fez o seu trabalho mas a polícia não tem culpa".
Daí a pouco, o mesmo agente à paisana dirige-se ao grupo de guineenses que protestam junto à próxima barraca a demolir: "Um de vocês tem de criar uma comissão e falar bem, falar bem". Responde-lhe um jovem negro: "Peço desculpa se falo com sotaque da Guiné..."
A partir de determinada altura, aparece uma câmara da SIC. O operador de câmara instala-se em cima dos tijolos partidos e nunca mais dali sai. O comandante do corpo de intervenção observa o aparato mediático e conversa com um graduado de walkie-talkie na mão. Ambos lançam olhares rápidos para o cameraman e a sua câmara indiscreta.
Os ânimos exaltam-se quando Celeste Gomes exibe o seu bilhete de identidade português em frente do nariz do polícia que alegadamente lhe torcera o dedo. O comandante do CI parece um disco riscado: "Calma, tenham calma. A vida é dura..."
Um grupo de mulheres negras provoca o comandante do CI: "Tem casa? Eu vou dormir na sua casa!" Comenta outra: "Não, tu vais dormir para o quarto dele". O comandante faz de conta que não ouve, as horas a passarem, o sol a incidir sobre o capacete azul.
De vez em quando, o ambiente desanuvia-se e estabelece-se diálogo entre os polícias de capacete e shotguns e os moradores. "Eu não vi o meu colega torcer o dedo à mulher grávida...o senhor é casado, se tivesse a sua mulher grávida, deixava-a estar aqui?, pergunta um polícia de choque a um negro. "Ela está a reinvindicar o direito dela! Nós lá na Guiné dizemos: Tem fome, vai à procura. Ela tem fome..." responde o guineense.
Um funcionário da câmara parte à marretada a porta da barraca em cujo telhado estão os moradores e militantes com cartazes. Um polícia vestido blusão e calças de ganga entra na barraca de shotgun em punho, como nos filmes. Os homens começam a retirar os pertences. Sai uma parte de uma cama, saem uns sacos, até que se ouvem muitos gritos: "Dinheiro! Dinheiro" Ele tirou dinheiro!"
A pequena multidão de guineenses não se cala até que o funcionário em causa devolve uma nota de dez euros sob o olhar furioso dos moradores e o silêncio cúmplice dos polícias. No dia seguinte, o mesmo funcionário vai lá estar a trabalhar novamente.
A escavadora espera por uma ordem para avançar. "Não fica com medo que a gente não bate", grita de cima do telhado da barraca um homem em direcção ao funcionário que manobra a máquina.
O corpo de intervenção (CI) ainda tenta concentrar-se noutra barraca mas os militantes seguiram lá a mesma estratégia. Colocaram-se em cima do telhado. A situação prolonga-se demasiado tempo. O comandante do CI acaba por descarregar a frustração numa militante pequenina e com sotaque francófono que estava a filmar tudo com uma câmara digital. "Acabou, é o meu último aviso! Para estar aqui e filmar a senhora tem de estar identificada como jornalista!"
Às 16h45, pouco mais ou menos, o comandante lança a toalha ao chão. "Vamos embora...", diz aos seus homens. Os polícias regressam por entre a lama e os escombros às carrinhas onde deixaram os escudos. A escavadora sai do bairro vagarosamente acompanhada pelo polícia à paisana de shotgun no braço.
Os moradores guineenses gritam, batem palmas e cantam em coro um cântico em crioulo: "Ihode Há SIC na Biu!" Pergunto o que quer dizer aquilo a uma mulher sorridente. "Eh, quer dizer...cuidado, está a vir a televisão SIC!"

O DIA SEGUINTE

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Umaro Seidi, 38 anos, fotografado pelo Pedro Vilela

Quarta-feira, 9h00 da manhã


"Eles entraram aqui às 7h00, não deu tempo de reagir", conta o guineense António Ka, 35 anos. "Disseram-nos para ter calma e nós dissemos que não estávamos aqui para brigar."
O sentimento entre os moradores das barracas, alguns ainda a dormir quando chegaram as máquinas, é de derrota: "É preciso saber ganhar e saber perder. Na terça-feira ganhámos, hoje perdemos", comenta, de braços cruzados, Mussa Pedro Correia, da Comissão de Moradores. "Eles são fortes, têm mais meios. Nós somos cidadãos simples... precisamos manter-nos unidos. Há muita gente a viver aqui ainda."
Enquanto a máquina escavadora demole a barraca onde viviam os operários guineenses Samina Candumbel, 40 anos, e Umaro Seidi, 38 anos, os olhares dos moradores sãoo de desolação. Tímido, encostado a um canto, Samina vê a escavadora reduzir a escombros a habitação que moradores e activistas empoleirados no telhado tinham defendido na tarde anterior.
À sua frente, elementos do Corpo de Intervenção da PSP de shotguns ao colo mantêm os habitantes afastados."Vivia aqui há 17 anos e recenseei-me no PER. Sempre me disseram para esperar, esperar", conta Samina. "Agora estava a trabalhar no Algarve. Vim sábado, faltei estes últimos dias ao trabalho. Para onde vou agora? Volto para o Algarve, o patrão manda embora. Aqui, fiquei sem nada..."
Umaro Seidi, companheiro de barraca, aparece cerca das 10h00, vindo de uma obra próxima onde se encontra a trabalhar. Traz o boné segurado pelas mãos cheias de cal, cabelo pintalgado de tinta, as botas cobertas de cimento. "Onde é que eu vou dormir hoje?", pergunta Umaro de braços abertos sobre os tijolos partidos enquanto calcorreia os escombros da barraca 338. "Bom, vou dormir debaixo ali da ponte do caminho-de-ferro. Tem lá um buraco, vai ter de ser."

2005-10-26

2000

Já morreram dois mil militares norte-americanos no Iraque desde que começou a intervenção armada que tinha como objectivo destruir as armas de destruição maciça do ditador Sadam Hussein e democratizar o país.

2005-10-24

REFERENDO SOBRE A PROIBIÇÃO DE VENDA DE ARMAS NO BRASIL

"Pode proibir, proíbe, isso aí, de todo o jeito eu sempre compro minha arma no Paraguai mesmo..."
Bandido anónimo

2005-10-21

MAIS DE TRÊS MILHÕES SEM CASA À BEIRA DO INVERNO

Posted by Picasa Cerca de três milhões e 300 mil pessoas estão desalojadas e à mercê do rigoroso Inverno dos Himalaias na região afectada pelo terramoto de 8 de Outubro, no Paquistão. Morreram cerca de 79 mil pessoas na sequência do sismo mas muitas mais poderão falecer caso não se crie já uma maciça ajuda internacional. São precisas milhares de tendas e muita, muita ajuda alimentar.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, as Nações Unidas pediram 312 milhões de dólares para fazer face à crise humanitária e receberam até agora 90 milhões. São precisas 44o mil tendas, foram entregues 122 mil. Existem 15 mil aldeias onde ainda não chegou ajuda.
Posted by Picasa Os metereologistas prevêm que comece a nevar dentro de duas semanas, neve acompanhada de ventos fortes que acentuarão a sensação de frio. Nas aldeias de montanha, a temperatura esta semana poderá atingir os cinco graus centígrados negativos.
Posted by Picasa A vida numa tenda

Nas próximas semanas, vão ser enviadas cerca de dez mil tendas para o Paquistão mas as Nações Unidas já avisaram que poderão não existir no mundo suficientes tendas adequadas e preparadas para o Inverno

Imperativos de consciência

Cavaco Silva anunciou hoje que se candidata a presidente da República por "imperativo de consciência", a mesma que o manteve afastado das lides tauromáticas, perdão, políticas, todos estes anos. Acho que me vai dar um "imperativo de consciência" e mandar bugiar as presidenciais.

2005-10-18

GRÃO A GRÃO ENCHE A GALINHA O PAPO


Villarreal-1-Benfica-1
Belas defesas do Rui Nereu, uma exibição superior do Nelson e que grande Manuel Fernandes!
Actual situação no Grupo:
Manchester United 5
Sport Lisboa e Benfica 4
Villarreal 3
Lille 2 Posted by Picasa

A REFLEXÃO

"O exemplo prático do FC Porto de Co Adriaanse, a coragem do seu futebol de risco, a beleza dos espectáculos que proporciona e o público que enche o Dragão para o ver vão ser, não tenham dúvidas, o grande motivo de reflexão deste campeonato.»

Miguel Sousa Tavares, em "A Bola" de 29 de Setembro

MENOS DE UM MÊS DEPOIS, EIS A REFLEXÃO:

"Adriaanse é teimoso até ao absurdo, é autoritarista até ao ponto de isso prejudicar as suas boas ideias em matéria de disciplina e tem um excesso de autoconfiança e um défice de humildade que facilmente se transformam em autismo e arrogância, com evidente prejuízo da equipa. Dá que pensar e é matéria de séria preocupação que só o treinador não consiga ver o que qualquer um vê à vista desarmada."

Miguel Sousa Tavares, em "A Bola" de 18 de Outubro

2005-10-17

A ANEDOTA DO DIA

" Parte dos resultados do Sporting são consequência da Comunicação Social que temos»

Dias da Cunha, presidente do Sporting

E não esquecer que a Fátima Felgueiras ganhou as eleições apesar da bárbara campanha na comunicação social e que o Avelino Ferreira Torres perdeu por causa da comunicação social...e da Mota-Engil, eheheh. Mas a comunicação social é algum saco de pancada ou quê?

2005-10-16

OBRIGADO NUNO! (FOTOS DE UMA NOITE PARA RECORDAR)

Posted by Picasa












João Abreu Miranda/ Agência Lusa
Posted by Picasa Geovanni entra na área pela direita...vai cruzar...centra meu, vai, isso, Nuno vai lá, isola-te...isso, ao segundo poste, vai, gooooooloooo do Benfica!!!!
FC PORTO-O-BENFICA-2



AP

CAMPEÕES

Posted by Picasa "Sabem o que isto aqui na minha manga representa? Isto não está aqui por acaso. Somos Campeões!"
Posted by Picasa Parecia que o Benfica estava algures instalado numa cidade latino-americana: petardos às 3h00 da manhã para não deixar dormir e descansar os jogadores, uma ameaça de bomba, apedrejamento à Casa do Benfica em Gaia. Enfim...a gente sabe quem os instiga e perdoa-lhes a pobreza de espírito. Os jogadores encarnados passaram por cima disso tudo e deram baile no Dragão. Assim, motivados pelos capangas daquele que a gente sabe, a vitória ainda sabe melhor!
"Dá cá mais cinco!" Posted by Picasa
"Ronald Koeman venceu o duelo táctico a Co Adriaanse. E ponto final. Porque percebeu que as equipas têm de ser construídas de trás para a frente, porque a lógica aconselha sempre a construir uma casa com alicerces sólidos, porque tem uma defesa coesa e sólida, que nunca ruiu às investidas do F.C. Porto nos primeiros minutos, porque percebeu que Karagounis estava em défice, lançou Karyaka no segundo tempo e passou a ganhar o meio-campo. E o Benfica respirou tranquilidade. Ar fresco. O russo deu controlo de bola, razão e sentido ao futebol encarnado. E outra dimensão. O F.C. Porto ruiu sem um génio capaz de pegar na bola, apesar de Jorginho ter actuado como playmaker. Mas a aposta falhou".

Norberto A. Lopes, no site Mais Futebol

ATÉ OS COMEMOS

Posted by Picasa Olha o Nelson do lado direito, cruza meu! Cruzou, vai lá o Bosingwa, não, vai lá o Bruno Alves...também não... Vai lá Nuno, cabeceia! É gooloooo, é golooo, do Beeenfica!

FC PORTO-O-BENFICA-1

2005-10-14

CLIQUE AQUI PARA OUVIR OS MOFRO CANTAR "LOCHLOOSA" (TEMA 2 da JOOKBOX)

mofro.pressphoto.2005[1]
"Lochloosa is on my mind..."

Lake_Lochloosa_Fishermen[1]

Lake Lochloosa, norte da Florida

2005-10-13

CLIQUE AQUI PARA OUVIR RAY LAMONTAGNE A CANTAR "TROUBLE"

ray%20lamontagne%20jpeg
TroubleTrouble...
Trouble, trouble, trouble, trouble
Trouble been doggin' my soul since the day I was born
Worry...Worry, worry, worry, worry
Worry just will not seem to leave my mind alone
We'll I've been...saved by a woman
I've been...saved by a woman
I've been...saved by a woman
She won't let me go
She won't let me go now
She won't let me go
She won't let me go now
Trouble...Oh, trouble, trouble, trouble, trouble
Feels like every time I get back on my feet
she come around and knock me down again
Worry...Oh, worry, worry, worry, worry
Sometimes I swear it feels like this worry is my only friend
We'll I've been saved...by a woman
I've been saved...by a woman
I've been saved...by a woman
She won't let me go
She won't let me go now
She won't let me go
She won't let me go now
Oh..., Ahhhh....Ohhhh
She good to me now
She gave me love and affection
She good tell me now
She gave me love and affection
I Said I love her Yes
I love herI said
I love herI said
I love...
She good to me now
She's good to me
She's good to me
ray1[1]

CHEGA A 15 de NOVEMBRO

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Aí está ela, a edição especial do "Born To Run" que sai a 15 de Novembro com o cd remasterizado e dois dvds: um dvd com o documentário de 90 minutos chamado "Wings For Wheels: The Making Of Born To Run" e outro de uma actuação do Boss no Hammersmith Odeon, em Londres, a 18 de Novembro de 1975. Este contem os temas Thunder Road, Tenth Avenue Freeze-out, Spirit in the Night, Lost in the Flood She's the One, Born to Run, The E Street Shuffle/Having a Party, It's Hard to Be a Saint in the City, Backstreets, Kitty's Back, Jungleland, Rosalita, 4th of July, Asbury Park (Sandy), o famoso Detroit Medley, For You e Quarter To Three. Junto com a caixa, vem um album com 48 páginas de fotos inéditas.

2005-10-12

CLIQUEM PARA OUVIR SHANON MCNALLY CANTAR "GERONIMO"

07TheSaintSM[1]

"She has the voice: bruised, smoky and ornery, right at home where country and soul meet. She has the melodies and the timing to stretch a phrase and let it snap back right where a word will cut deepest".

94Shannon-Mc[2]
Geronimo
(Shannon McNally)

I do it again and again
I listen for visions and missions in the wind
I won the vote but shunned the soft parade
and now I’m picking garbage a true sage’s trade
I won every battle and lost the war
You dared me to reach for it dared me to know
so i drove that car just as slow as it would go
listening for the sound of my last hope hit the ground
won every battle but lost the war
you managed to take more than I had
with your greedy treaties and your rubber badge
you may have won every battle
but you lost the war
Well I only did what I knew simple math
nothing more nothing less
if you hadn’t of told me i never would have guessed
how hungry was your hate
how sealed was my fate
I won every battle
but lost the war
you managed to take more than I had
with your greedy treaties and your rubber badge
you may have won every battle
but you lost the war
you may have won every battle
but you lost the war

76colorpub2[1] Shannon Mcnally

"On her second album, Geronimo (Back Porch), Ms. McNally also has superb roots-rock production from Charlie Sexton, the Texas guitarist and longtime sideman for Bob Dylan, that can be rollicking or resonant. Her lyrics sometimes lose focus, but when she homes in on a pithy chorus "I never learned nothing but the hard way / 'Cause at the time it felt so good" - she's irresistible".
Jon Pareles
The New York Times

LAURA CANTRELL

Two Seconds
de Laura Cantrell


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I met a guy in a west coast town, had four walls to bring him down.
And he sometimes speaks of you, the way that you want him to.
Late at night he’d reminisce, over the lips he used to kiss.
And his hand upon your hip, why don’t you send him a line.
Cause I’m almost certain, That he’s going crazy.
For two seconds of your love.
Two seconds of your love, Is all I need from you.
Two seconds of your time, that’s enough to say we’re through.
Two beats of your heart, enough to know we’ll never part.
Two seconds of your love, that’s all I ever want.
I never thought that he’d go that far, lost his job and he stole a car.
And he’s running back to you, the way you’d want him to.
Late at night I reminisce, over the lips I used to kiss.
And your hand upon my wrist, why don’t you send me a line.
Cause I’m almost certain, that I’m going crazy.
For two seconds of your love.
Two seconds of your love, Is all I need of you.
Two seconds of your time, that’s enough to say we’re through.
Two beats of your heart, enough to know we’ll never part.
Two seconds of your love, it’s all I ever want.
Two seconds of your love, Is all I need of you.
Two seconds of your time, that’s enough to say we’re through.
Two beats of your heart, enough to know we’ll never part.
Two seconds of your love, it’s all I ever want.

TRIP TO EAST EUROPE (continuação do post de 21 de Agosto)

Posted by Picasa

Uma das coisas que eu mais detesto nas revistas de viagem é fazer de todos os destinos um destino imperdível, com fotos escolhidas a dedo e textos feitos para agradar aos patrocinadores. Na nossa viagem, iniciada em fim de Julho numa Varsóvia cinzenta e chuvosa, houve um pouco de tudo e...confessemos...é assim que a gente gosta e é de peripécias agradáveis e menos agradáveis que uma viagem é feita.

Viajando na low cost Central Wings, chega-se ao simpático aeroporto de Varsóvia cerca das 6h00 da manhã, o que permite levantar o carro na Avis às 7h00 e zarpar. Tinhamos planeado ficar num camping referenciado no Rough Guide e bem na avenida do aeroporto. Resultado: Demos voltas e voltas na mesma zona, verdejante nas bermas mas cheia de automobilistas atarefados para chegar aos empregos. Numa dessas voltas, virámos onde não devíamos e oh my god, raspámos numa viatura novíssima de uma polaca. Olhei para a senhora com o olhar mais patético e piedoso que consegui. O olhar transpirava raiva. Mal saímos do carro, desfizemo-nos em desculpas. Que eramos turistas, que era a nossa primeira vez ali (mentirinha). A mulher olhou para os papeis da Avis, mirou desconsolada um pequeno risco no carro novinho em folha e disse: "Well, have nice holidays!"

De carro, em cidades onde se viaja pela primeira vez, dá-se muitas voltas. Como em Wroclaw, uma cidade de 600 mil habitantes perto da fronteira com a República Checa. As voltas que demos para chegar ao parque de campismo e as voltas para chegar pela primeira vez à praça principal do centro histórico. Mas a rynek (praça) de Wroclaw compensou largamente. É uma das mais belas praças onde já estive e com cervejarias a preceito. Foi também em Wroclaw que entrámos numa loja de velas e, de repente, fomos atendidos em português por uma polaca que estivera a trabalhar em Braga e...ah...no turismo de Wroclaw, havia também uma simpática polaca atrá do balcão que estudara no Porto e logo percebeu que eramos portugueses.

Não há nada como o campo, no entanto. Acampámos nas montanhas da Silesia, numa pequena cidade chamada Slarzka Poreba. De dia, toda a gente partia com mochilas pelas ínumeras trilhas de montanha. O que aqueles polacos andam a pé! De noite, era preciso chegar cedo ao mais animado spot da povoação, um bar ao ar livre cheio de famílias polacas onde o nosso cabelo preto era tão estranho quanto o de um filandês em África. Não havia mais turistas estrangeiros. A grande animação consistia em beber cerveja, comer salsichas enormes e cantar em coro canções de karaoke ( o que eu detesto karaoke em Portugal), uma das quais era um hit em várias regiões da Polónia: "Ai amore, zlabazlabazlabazlaba...". Uma das grandes atrações nas mesas corridas de madeira eram aqueles cilindros com cinco litros de cerveja e uma torneirinha.
Nos arredores de Slazrka, há pelo menos duas belas cascatas e rios para tomar banho em água gelada. Reparei que quase todos os polacos ficavam durante horas a observar as águas e era raríssimo tomar banho. Claro que eu tomei banho. A temperatura era parecida com a das cascatas do Gerês. Gelada mas com efeitos terapêuticos deliciosos.

Na foto, uma família posa, em Zakopane, nas montanhas a sul de Cracóvia, junto de uns desgraçados de uns cães que passam ali o dia para serem fotografados com turistas.
Zakopane, Polónia Posted by Picasa Zakopane é a maior estância das montanhas, cheia de comércio e movimento. O fim de semana em que lá estivemos era prolongado devido a um feriado nacional na segunda-feira. Resultado: Zakopane estava a saque, os hotéis, pensões, lotados, a rua principal repleta de famílias polacas a andar de um lado para o outro entre bares, restaurantes, cadeias de fast-food, lojas de roupa. Subimos de teleférico a cerca de mil metros de altitude para tentar encontrar alguma tranquilidade mas o circo turístico estava montado, também, no topo da montanha.