2005-12-30
Desejo a todos sem excepção um Feliz Ano de 2006. Atenção ao alcool, aos fritos, à estrada e aos excessos em geral. Divirtam-se, brinquem, tolerem-se, respeitem-se e 'bora lá mais um ano!
2005-12-29
Ementa do Jantar de Fim de Ano no Hotel Pestana Palace
O foie gras de pato das “Landes”,
geleia de colheita tardia, caramelo de vinagre de cidra,
uma brioche como uma parisiense
Vieiras da “Côte d´Emeraude” à “unilatérale” sobre uma
chiboust salgada de leite de cabra, amêijoa Boa D.O.
e coentros perfumados de “Ras-El-Hanout “
Caldo de franga de “Bresse” como um consommé em crosta,
trufas frescas da “Ardèche” e vinho do Porto Quinta da Noval L.B.V. 98
Rodovalho de Peniche assado no forno sobre engaço,
“royale” de ostras,
ensopado de boletos, castanhas e raízes de girassol
A “noisette” de cabrito-montês rôti et lardeada
de toucinho de porco preto, estaladiço de grué de cacau,
escorcioneira, romã e marmelo confit
… “brûlée” de tangerina imperial e açafrão,
gelado de caramelo com flôr-de-sal
…sorvete de hibiscus nadando num
Champagne rosé e seu granizado
…ananás dos Açores e banana da Madeira,
um em geleia sobre um financier de Guanaja,
a outra rôti com mel sobre uma mousse Jivara
Café e mignardises
Vinhos
Champagne Henriot Rosé
Três Bagos 2004 – Douro
Quinta da Pellada 2003 – Dão
Quinta de Macedos 2000 – Douro
Moscatel Roxo, Quinta da Bacalhôa – Setúbal
Quinta do Vale Meão Vintage 2001– Vinho do Porto
Meia-Noite
Champagne Henriot Millésime 1996
Uvas brancas frescas
Uvas passas tradicionais
Preço: 350 euros por pessoa
Bebidas incluídas
Música instrumental clássica tocada ao vivo
geleia de colheita tardia, caramelo de vinagre de cidra,
uma brioche como uma parisiense
Vieiras da “Côte d´Emeraude” à “unilatérale” sobre uma
chiboust salgada de leite de cabra, amêijoa Boa D.O.
e coentros perfumados de “Ras-El-Hanout “
Caldo de franga de “Bresse” como um consommé em crosta,
trufas frescas da “Ardèche” e vinho do Porto Quinta da Noval L.B.V. 98
Rodovalho de Peniche assado no forno sobre engaço,
“royale” de ostras,
ensopado de boletos, castanhas e raízes de girassol
A “noisette” de cabrito-montês rôti et lardeada
de toucinho de porco preto, estaladiço de grué de cacau,
escorcioneira, romã e marmelo confit
… “brûlée” de tangerina imperial e açafrão,
gelado de caramelo com flôr-de-sal
…sorvete de hibiscus nadando num
Champagne rosé e seu granizado
…ananás dos Açores e banana da Madeira,
um em geleia sobre um financier de Guanaja,
a outra rôti com mel sobre uma mousse Jivara
Café e mignardises
Vinhos
Champagne Henriot Rosé
Três Bagos 2004 – Douro
Quinta da Pellada 2003 – Dão
Quinta de Macedos 2000 – Douro
Moscatel Roxo, Quinta da Bacalhôa – Setúbal
Quinta do Vale Meão Vintage 2001– Vinho do Porto
Meia-Noite
Champagne Henriot Millésime 1996
Uvas brancas frescas
Uvas passas tradicionais
Preço: 350 euros por pessoa
Bebidas incluídas
Música instrumental clássica tocada ao vivo
Incêndios no Texas e no Oklahoma vistos pelas objectivas de Matt Slocum e Tony Gutierrez ( Associated Press)
A neve do BES
Os canhões dispostos nas janelas e num patamar do edifício do Banco Espírito Santo no Marquês de Pombal, em Lisboa, começaram a despejar flocos de neve artificial sobre a tela natalícia de 570 metros quadrados que cobre grande parte do prédio e a zona circundante. No passeio em frente, o cantor David Ripado cantava canções natalícias e dava ao lugar um ambiente diferente.À medida que os canhões começaram a trabalhar, foi-se juntando mais gente e foram sobretudo as crianças quem mais aproveitou o cenário por debaixo do edifício. Os carros estacionados por debaixo do prédio ou junto ao Hotel Fénix ficaram cobertos de flocos, enquanto um Pai Natal vestido a rigor era rodeado de crianças com garruços na cabeça.O vento, entretanto, mudou de feição e obrigou os técnicos a mudar a posição do canhão posto no patamar junto ao telão publicitário e natalício do BES para a extremidade esquerda. Conforme a intensidade e a direcção do vento, os flocos iam caindo sobre a relva e mesmo sobre os carros que viravam para a Rua Brancaamp. Enquanto David Ripado cantava It"s Christmas time, os mais atrevidos começaram a fotografar-se por debaixo dos pequenos nevões que engrossavam ou diminuíam consoante a intensidade com que os canhões largavam a neve artificial. Umas usavam os telemóveis, outras já tinham vindo munidas de câmaras fotográficas e de filmar.Quem passeava ali por baixo ficava com as roupas e os cabelos cobertos de flocos. A maioria adorou. "Estou a gostar muito, é muito bonito, muito giro", dizia uma mulher. "Só gostava que fosse mesmo a sério e que estivesse frio. Mas, paciência, é lindo na mesma". Um casal de jovens beijava-se demoradamente no meio do cenário branco. Um cão ladrava em direcção aos flocos. "Oh, estou a adorar. Está muito giro, nunca pensei que fosse possível. Ainda por cima é uma neve que não traz frio", exultava Rosário Mendes, de 24 anos.Os canhões tanto enviavam muitos flocos de repente, como quase paravam. "Ena pá", gritava um idoso, "como ela cai agora!" Um táxi que vinha largar uma passageira ao hotel ficou com o vidro da frente coberto de flocos. Junto à esquina da Brancaamp, coberta de neve artificial, uma mulher falava entusiasmada ao telemóvel: "Isto está muito giro, vocês têm de vir!"Menos sorridentes estavam os elementos da Divisão de Trânsito da PSP posicionados junto ao trânsito. Um agente procurava que os automobilistas não parassem nem afrouxassem as viaturas para espreitar, mas era praticamente impossível. "Vamos, vamos, toca a circular", dizia, esbracejando para os carros que circulavam àquela hora em direcção à Avenida da Liberdade e à Rua Brancaamp.
"Oh vizinho..."
O rádio do táxi debita uma voz feminina: "Carro mal estacionado na rua..." O taxista pergunta se pode fumar, tira um cigarro do bolso, explica que não devia, não devia mas fuma para aliviar a maldita tensão e stress e aborrecimento de estar ali preso e perdido no trânsito. "Carro mal estacionado uma ova...isto é a nossa senha para indicar que está lá a polícia de trânsito. Sabia? Noutras cooperativas é fogo em tal parte..." Mas isso implica muitos incêndios ao longo do dia. "Mas é verdade, é verdade..." A voz feminina atrás do rádio da central de táxis chama agora um táxi à Rua X. "Uh, esta é uma brasileira... vai começar agora a fazer o serviço... Uma vez fui lá buscá-la, andei com ela a tarde toda. Foi ao Hotel Penta, ficou lá uma hora. E eu esperei. Depois, fomos para um hotel no Estoril. Mais uma ou duas horas. Depois, viemos para Lisboa, outro hotel, mais uma hora. Uhhh...ela fez a folha dela e eu a minha..." O taxista tem o baú repleto de memórias e mulheres em serviço não faltam. "Ui e quando transportei uma vizinha minha. Eu moro na Venda Nova e ela também mas ela não reparou logo que eu a conhecia. Mulher casada, de boa posição. Levei-a a um hotel, depois a outro. Quando íamos a chegar outra vez à Venda Nova é que ela me reconheceu. Ficou toda encavacada: Ai vizinho, não diga nada... Eu disse logo: Por amor de Deus, esteja descansada...ai, a minha vizinha..."
Tudo Bons Rapazes
Abílio Curto, o ex-presidente da câmara da Guarda que cumpre desde Junho de 2004 uma pena de prisão de cinco anos pela prática de crime de fraude na obtenção de subsídio e de corrupção passiva de acto ilícito, integra a comissão de honra distrital da Guarda da candidatura de Mário Soares. E esta, hein?
OS MELHORES DO ANO no VILACONDENSE
Raramente se vê um blog suplantar muitas publicações na escolha dos melhores do ano. Leia-se a lista dos melhores livros, os melhores filmes e os melhores discos de 2005 escolhidos pelo pessoal do Vilacondense.
2005-12-28
CAVACADA
CAVACO PROPÕE
"Há uma coisa que pode ser feita em Portugal, que eu sei que já foi feita noutros países. Podia existir um responsável do Governo que fizesse a lista de todas as empresas estrangeiras em portugal e, de vez em quando, fosse falar com cada uma delas para tentar indagar sobre problemas com que se deparam e para antecipar algum desejo dessas empresas se irem embora, para assim o Governo tentar ajudá-las a inverter essas motivações. Tem de ser um acompanhamento com algum pormenor que deveria ser feito por um secretário de Estado especialmente dedicado a essa tarefa.
JN- Vai propor isso ao Governo?
Já o estou a propor aqui"
(Cavaco Silva em entrevista ao JN de terça-feira)
CAVACO DESMENTE
"Longe de mim sugerir a criação de qualquer secretaria de Estado"
(Cavaco Silva em declarações ao Público em Mafra, na mesma terça-feira)
"Há uma coisa que pode ser feita em Portugal, que eu sei que já foi feita noutros países. Podia existir um responsável do Governo que fizesse a lista de todas as empresas estrangeiras em portugal e, de vez em quando, fosse falar com cada uma delas para tentar indagar sobre problemas com que se deparam e para antecipar algum desejo dessas empresas se irem embora, para assim o Governo tentar ajudá-las a inverter essas motivações. Tem de ser um acompanhamento com algum pormenor que deveria ser feito por um secretário de Estado especialmente dedicado a essa tarefa.
JN- Vai propor isso ao Governo?
Já o estou a propor aqui"
(Cavaco Silva em entrevista ao JN de terça-feira)
CAVACO DESMENTE
"Longe de mim sugerir a criação de qualquer secretaria de Estado"
(Cavaco Silva em declarações ao Público em Mafra, na mesma terça-feira)
Depressing
A leitura do estudo "A Península Ibérica em Números" é uma depressão. Os espanhóis trabalham menos anos mas são mais ricos. Os espanhóis enfardam-se em tapas, tortillas e calamares e copas de Rioja e vivem mais. Madre mia...
2005-12-23
FELIZ NATAL!!! MERRY CHRISTMAS FROM THE FAMILY!
O Pai Natal cruzando as estradas perdidas da Lapónia
Merry Christmas From The Family
de Robert Earl Keen
Mom got drunk and Dad got drunk at our Christmas party
We were drinking champagne punch and homemade eggnog
Little sister brought her new boyfriend
He was a Mexican
We didn't know what to think of him until he sang
Felis Navidad, Felis Navidad
Brother Ken brought his kids with him
The three from his first wife Lynn
And the two identical twins from his second wife Mary Nell
Of course he brought his new wife Kay
Who talks all about AAChain smoking while the stereo plays
Noel, Noel
The First Noel
Carve the Turkey
Turn the ball game on
Mix margaritas when the eggnog's gone
Send somebody to the Quickpak Store
We need some ice and an extension chord
A can of bean dip and some Diet Rites
A box of tampons, Marlboro Lights
Haleluja everybody say Cheese
Merry Christmas from the family
Fred and Rita drove from Harlingen
I can't remember how I'm kin to them
But when they tried to plug their motor home in
They blew our Christmas lights
Cousin David knew just what went wrong
So we all waited out on our front lawn
He threw a breaker and the lights came on
And we sang Silent Night, Oh Silent Night, Oh Holy Night
Carve the turkey turn the ball game on
Make Bloody Mary's Cause We All Want One!
Send somebody to the Stop 'N Go
We need some celery and a can of fake snow
A bag of lemons and some Diet Sprites
A box of tampons, some Salem Lights
Haleluja, everybody say cheese
Merry Christmas from the Family
PESADELO
Cenário de pesadelo a 22 de Janeiro de 2006:
Cavaco, o carapau seco, a acenar trinfual aos portugueses, ele e a sua Maria, acenando de uma varanda lisboeta e centralista, Cavaco a sorrir aos portugueses, que o conhecem e a pedir um copo de água, a boca seca, as estrias da pele, também elas secas, Cavaco a repetir com aquela voz rouca e aquele sorriso forçado e amarelo: "Confiança portugueses, confiança..."
Cavaco, o carapau seco, a acenar trinfual aos portugueses, ele e a sua Maria, acenando de uma varanda lisboeta e centralista, Cavaco a sorrir aos portugueses, que o conhecem e a pedir um copo de água, a boca seca, as estrias da pele, também elas secas, Cavaco a repetir com aquela voz rouca e aquele sorriso forçado e amarelo: "Confiança portugueses, confiança..."
2005-12-22
Neve na cidade
Dezenas de pessoas, muitas das quais casais, mães com crianças e jovens espelhavam ontem desalento, cabeças viradas para o topo do edifício do Banco Espírito Santo, no Marquês de Pombal. “Oh que tristeza...”, desabafava uma mulher com a filha pela mão. Depois, virando-se para a criança: “Olha Inês, já não há neve, eles venderam a pele do urso antes do urso estar cá fora...”
Muitas pessoas esperavam pelo lançamento anunciado de neve artificial prometido pelo BES e não queriam acreditar. “Fui buscar o meu filho ao jardim infantil e vim para aqui. Estava tão entusiasmada com isto...neve no Marquês do Pombal. Achava esta ideia uma ideia de génio, genial”, dizia outra mãe, desolada e que procurava desesperadamente uma informação.
Outra mulher ouvira na rádio e esperava ansiosamente pela queda da neve. Expliquei-lhe que não ía haver neve nenhuma. “A sério? E eu aqui à espera...bom, vou ter de ir à Serra da Estrela. Paciência...” Um homem vestido de fato de treino e mãos nos bolsos garantia que a neve cairia às 19h00. Só acreditou quando viu que as outras pessoas debandavam.
“Pediram a licença à câmara hoje e portanto não vai haver nada”, explicava um polícia de trânsito a um grupo de pessoas que queria uma explicação. “Vieram aí uns gajos tirar amostras e dizem que aquilo é prejudicial à saúde”, comentava um vendedor de castanhas, “o BES vai dar a volta a isso...”
As funcionárias de uma loja que vende casacos de pele estavam desoladas. “A gente até já tinha dito à nossa patroa que vinhamos para aqui vender casacos para a neve. É triste...”, comentava uma. As empregadas do estabelecimento vizinho tinham assistido no dia anterior a um teste e tinham gostado muito: “Foi muito bonito, muito giro. Eram uns bocados de espuma a saír ali daquelas janelinhas. Aquilo não tem perigo nenhum, é uma água que não faz mal nenhum. Era muito engraçado”.
No local, a princípio, chegou a estar montado um palco, com colunas de som, que foram sendo desmontadas à medida que se aproximavam as 18h00. “Por razões técnicas não vamos poder lançar a neve hoje”, explicava Paulo Padrão, director de comunicação do BES. “Amanhã comunicaremos quando teremos a neve. Autorização? A Câmara pediu-nos informação e essa foi prestada. Não vou dizer mais nada”.
Paulo Padrão disse também que a neve carbónica não atrapalhará transeuntes nem automobilistas. “Isto já foi feito no Chiado e em Setúbal. A neve vai incidir sobre a tela que cobre o edifício e quando chega ao solo está completamente desfeita. Como está vento, o vento dilui tudo. Não põe em causa a condução dos automobolistas”, explicou.
Em frente ao edifício, grande parte dele coberto pelo telão onde se lia “Feliz Natal e um Excelente 2006” mantinham-se duas viaturas da Polícia Municipal. Na rotunda, o trânsito era a imparável correria de todos os dias. No local, já depois da retirada do palco e das colunas para dentro de uma camioneta de carga e após um funcionar enrolar os cabos do gerador, mantiveram-se funcionárias do BES repetindo à exaustão a frase “foi por motivos técnicos...”
Muitas pessoas esperavam pelo lançamento anunciado de neve artificial prometido pelo BES e não queriam acreditar. “Fui buscar o meu filho ao jardim infantil e vim para aqui. Estava tão entusiasmada com isto...neve no Marquês do Pombal. Achava esta ideia uma ideia de génio, genial”, dizia outra mãe, desolada e que procurava desesperadamente uma informação.
Outra mulher ouvira na rádio e esperava ansiosamente pela queda da neve. Expliquei-lhe que não ía haver neve nenhuma. “A sério? E eu aqui à espera...bom, vou ter de ir à Serra da Estrela. Paciência...” Um homem vestido de fato de treino e mãos nos bolsos garantia que a neve cairia às 19h00. Só acreditou quando viu que as outras pessoas debandavam.
“Pediram a licença à câmara hoje e portanto não vai haver nada”, explicava um polícia de trânsito a um grupo de pessoas que queria uma explicação. “Vieram aí uns gajos tirar amostras e dizem que aquilo é prejudicial à saúde”, comentava um vendedor de castanhas, “o BES vai dar a volta a isso...”
As funcionárias de uma loja que vende casacos de pele estavam desoladas. “A gente até já tinha dito à nossa patroa que vinhamos para aqui vender casacos para a neve. É triste...”, comentava uma. As empregadas do estabelecimento vizinho tinham assistido no dia anterior a um teste e tinham gostado muito: “Foi muito bonito, muito giro. Eram uns bocados de espuma a saír ali daquelas janelinhas. Aquilo não tem perigo nenhum, é uma água que não faz mal nenhum. Era muito engraçado”.
No local, a princípio, chegou a estar montado um palco, com colunas de som, que foram sendo desmontadas à medida que se aproximavam as 18h00. “Por razões técnicas não vamos poder lançar a neve hoje”, explicava Paulo Padrão, director de comunicação do BES. “Amanhã comunicaremos quando teremos a neve. Autorização? A Câmara pediu-nos informação e essa foi prestada. Não vou dizer mais nada”.
Paulo Padrão disse também que a neve carbónica não atrapalhará transeuntes nem automobilistas. “Isto já foi feito no Chiado e em Setúbal. A neve vai incidir sobre a tela que cobre o edifício e quando chega ao solo está completamente desfeita. Como está vento, o vento dilui tudo. Não põe em causa a condução dos automobolistas”, explicou.
Em frente ao edifício, grande parte dele coberto pelo telão onde se lia “Feliz Natal e um Excelente 2006” mantinham-se duas viaturas da Polícia Municipal. Na rotunda, o trânsito era a imparável correria de todos os dias. No local, já depois da retirada do palco e das colunas para dentro de uma camioneta de carga e após um funcionar enrolar os cabos do gerador, mantiveram-se funcionárias do BES repetindo à exaustão a frase “foi por motivos técnicos...”
2005-12-21
VAI ENGANAR OUTRO!
Goste-se ou não de Mário Soares, o homem pôs ontem a nú o vazio e a demagogia, a cassete populista de um homem que anda por aí a vender gato por lebre, a dizer que é dialogante quando nunca o foi, a prometer um futuro radioso aos portugueses, a dizer que vai tirar Portugal do poço depois de como primeiro-ministro ter abandonado o barco. Cavaco promete o que não pode cumprir porque não terá como presidente poderes para executar o renascimento fulguroso da economia portuguesa que anda a apregoar. Vai enganar outro, Cavaco!
2005-12-20
O vómito do costume
O arguido do Caso "Apito Dourado" Jorge Nuno Pinto da Costa chamou "cobarde" ao seleccionador Scolari. Um homem que pode vomitar o que quiser que nunca será responsabilizado nesta república das bananas...
2005-12-17
2005-12-16
2005-12-15
Alguém que diz o que pensa sobre Portugal sem usar slogans vazios
"Portugal deveria dispor de 50 investimentos de média dimensão com "retorno garantido, que ajudassem a criar emprego e permitissem recuperar as grandes empresas tradicionais que necessitam de uma gestão mais moderna, como a dos têxteis e do calçado, cujo sucesso passa por colocar no mercado "produtos que nunca foram criados".
Belmiro de Azevedo
Belmiro de Azevedo
Slogans e chavões vazios
Enquanto Portugal continua à espera de um plano, de uma estratégia de desenvolvimento, os políticos repetem até à exaustão a palavra "confiança". Vamos ter um futuro de confiança, precisamos todos de confiança e não saem daqui.
2005-12-14
Prostituição para debaixo do tapete
Os candidatos presidenciais Jerónimo de Sousa e Cavaco Silva concordaram ontem num debate televisivo que a prostituição não deve ser legalizada. Cavaco disse que lhe custa a aceitar a prostituição e que "a venda do corpo da mulher possa ser encarada como uma profissão normal". Jerónimo de Sousa afirmou que é claramente contra "que se legalize uma forma brutal muito idêntica à escravatura".
Portugal possui uma indústria florescente de bordeis ou bares de alterne onde as prostitutas são, na maioria dos casos, jovens estrangeiras ilegais. Muitas vivem em reclusão ou regime de sequestro por parte dos chulos que lhes ficam com o passaporte e sofrem todo o tipo de abusos físicos e psicológicos. O Serviço de Estrangeiros (SEF) visita algumas casas, faz algumas detenções, cobra umas multas, num folclore que não esconde o essencial: A indústria ilegal da prostituição em Portugal floresce sob o assobiar para o lado do Estado.
O Estradas Perdidas é 100 por cento a favor da legalização e do fim da hipocrisia.
Portugal possui uma indústria florescente de bordeis ou bares de alterne onde as prostitutas são, na maioria dos casos, jovens estrangeiras ilegais. Muitas vivem em reclusão ou regime de sequestro por parte dos chulos que lhes ficam com o passaporte e sofrem todo o tipo de abusos físicos e psicológicos. O Serviço de Estrangeiros (SEF) visita algumas casas, faz algumas detenções, cobra umas multas, num folclore que não esconde o essencial: A indústria ilegal da prostituição em Portugal floresce sob o assobiar para o lado do Estado.
O Estradas Perdidas é 100 por cento a favor da legalização e do fim da hipocrisia.
2005-12-13
Escreves tão bem José, como consegues?
A RTP 2 transmitiu há momentos uma entrevista entre a jornalista Ana Sousa Dias e o escritor e vendedor de ideias feitas José Saramago.
Eis um excerto:
ASD: Tens aqui (no livro) uma borboleta extraordinária...
O NOBEL (embevecido): Recordas concerteza que a borboleta é uma caveira...
ASD (fazendo que sim com a cabeça e sorrindo, sorrindo sempre) : Tens uma caveira...
Eis um excerto:
ASD: Tens aqui (no livro) uma borboleta extraordinária...
O NOBEL (embevecido): Recordas concerteza que a borboleta é uma caveira...
ASD (fazendo que sim com a cabeça e sorrindo, sorrindo sempre) : Tens uma caveira...
2005-12-12
OS MELHORES DISCOS DE 2005
E como estamos quase quase em 2006, aqui vai a lista do Estradas Perdidas referente aos seus discos preferidos de 2005:
Patty Loveless- Dreamin' My Dreams
Bruce Springsteen- Devils & Dust
Vários- Southern Soul Showcase: Cryin' in the Streets
Bettye LaVette- I' ve Got My Own Hell To Raise
Ali Farka Toure & Toumani Diabate- In The Heart of The Moon
John Prine- Fair & Square
Brandi Carlile-Brandi Carlile
Caitlin Cary & Thad Cockrell- Begonias
Kathleen Edwards- Back To Me
Lee Ann Womack- There's More Where That Came From
Laura Cantrell- Humming By The Flowered Vine
Shannon Mcnally- Geronimo
Shelby Lynne-Suit Yourself
Lucinda Williams- Live @ The Fillmore
Kelly Joe Phelps- Tap the Red Cane Whirlwind
Mary Gauthier- Mercy Now
Ryan Adams-Cold Roses
Jimmy LaFave- Blue Nightfall
Ry Cooder- Chavez Ravine
Sarah Lee Guthrie & Johnny Irion- Exploration
Ray Willie Hubbard- Delirium Tremolos
Willy Mason- Where The Humans Eat
Robert Earl Keen- What I Really Mean
Documentários sobre música em DVD:
Hank Williams- Honky Tonk Blues
Bob Dylan- No Direction Home
Vários- You See Me Laughin' (blues do Mississipi)
Vários- Martin Scorsese Apresenta os Blues (7 dvd's)
Vários- Festival Express
Bruce Springsteen- The Definitive Story Of Making of Born To Run
Vários- The Beat (6 dvd's que reproduzem vários episódios do programa de televisão de rithm and blues e soul dos anos 60; um fartote para os fãs da southern soul e dos blues)
Patty Loveless- Dreamin' My Dreams
Bruce Springsteen- Devils & Dust
Vários- Southern Soul Showcase: Cryin' in the Streets
Bettye LaVette- I' ve Got My Own Hell To Raise
Ali Farka Toure & Toumani Diabate- In The Heart of The Moon
John Prine- Fair & Square
Brandi Carlile-Brandi Carlile
Caitlin Cary & Thad Cockrell- Begonias
Kathleen Edwards- Back To Me
Lee Ann Womack- There's More Where That Came From
Laura Cantrell- Humming By The Flowered Vine
Shannon Mcnally- Geronimo
Shelby Lynne-Suit Yourself
Lucinda Williams- Live @ The Fillmore
Kelly Joe Phelps- Tap the Red Cane Whirlwind
Mary Gauthier- Mercy Now
Ryan Adams-Cold Roses
Jimmy LaFave- Blue Nightfall
Ry Cooder- Chavez Ravine
Sarah Lee Guthrie & Johnny Irion- Exploration
Ray Willie Hubbard- Delirium Tremolos
Willy Mason- Where The Humans Eat
Robert Earl Keen- What I Really Mean
Documentários sobre música em DVD:
Hank Williams- Honky Tonk Blues
Bob Dylan- No Direction Home
Vários- You See Me Laughin' (blues do Mississipi)
Vários- Martin Scorsese Apresenta os Blues (7 dvd's)
Vários- Festival Express
Bruce Springsteen- The Definitive Story Of Making of Born To Run
Vários- The Beat (6 dvd's que reproduzem vários episódios do programa de televisão de rithm and blues e soul dos anos 60; um fartote para os fãs da southern soul e dos blues)
2005-12-10
Quem disse que Cavaco Silva não tem sentido de humor?
"Eu não tenho nada a ver com este ou aquele partido"
Cavaco Silva, 9 de Dezembro de 2005,
durante o debate televisivo com Francisco Louçã
Cavaco Silva, 9 de Dezembro de 2005,
durante o debate televisivo com Francisco Louçã
2005-12-09
Na corda bamba
Já tinha caído a noite, eram umas seis da tarde e uma mole de curiosos espetava as vistas lá para cima, para o topo do edifício Monumental. Do lado direito das luzes de neon vermelho da Unisys, avistavam-se umas pernas bamboleantes. "Como é que ele consegue estar ali há tanto tempo?", perguntava uma mulher. "Se ele se quisesse matar, já se tinha atirado", sentenciava um homem. Uma rapaziada sorridente apreciava a acção de mãos nos bolsos. "O que ele quer", explicava um polícia de trânsito feito psicólogo, "é precisamente que as pessoas estejam aqui a dar-lhe atenção. Se forem embora, é melhor para ele e para quem está a negociar com ele". Uma idosa pendurada numas muletas perguntou: "O que é que ele tem? Problemas na vida?" O polícia de trânsito cofiou o bigode e virou as costas. "Bom", calculou alguém, "para se matar devia ter escolhido o lado da Fontes Pereira de Melo. Ali, cai no terraço, são três andares, não sei..." Lá em baixo, no Saldanha, as viaturas desciam para a avenida no frenesim das sextas-feiras, entre buzinadelas e travagens nos semáforos. Lá em cima, duas pernas continuaram a agitar-se no tecto escuro da cidade, deambulando angústias, gritando por ajuda ou atenção.
2005-12-08
UMA NOITE MEMORÁVEL
Estava tudo preparado para ser uma daquelas noites europeias...Na estação do metro de Sete Rios, já havia aquelas filas habituais dos benfiquistas que vêem de fora e querem comprar bilhete para seguir para a Luz. Dentro das carruagens, já se gritava "SLB, SLB", os habituais frequentadores esmagados pela presença dos benfiquistas. Quando saí na estação do Alto dos Moinhos, percebi verdadeiramente que se tratava de uma noite especial: o sotaque dos benfiquistas do norte, mulheres das beiras a chamar pelos maridos "Oh Manel, espera aí vamos todos juntos", as roulottes assaltadas por uma legião encarnada. Aquela hora, umas 18h30, ainda continuavam a chegar as camionetas. É nestes dias que me pergunto o que sentirão essas pessoas que fazem centenas de quilómetros desde Castelo Branco, Faro, Viana do Castelo, para virem assistir a um jogo na Luz, sujeitarem-se a ver o clube perder e regressarem na mesma noite para a terra.
Curiosamente, a presença dos adeptos ingleses era muito menos marcante do que eu esperava. Numa das roulottes, um grupo de adeptos britânicos, um dos quais uma trave de ombros largos com o George Best nas costas da camisola, ensaiou uns cânticos ao fim de umas imperiais e acabou a confraternizar com a mole benfiquista.
Entrei no estádio pela ponte pedonal do lado do Alto dos Moinhos. Há um estranho sentimento quase religioso nestes dias. Pessoas e mais pessoas vestidas de encarnado empelidas, movidas e unidas por uma mesma atracção espiritual. Lá ao fundo, o "Stadium of Light" todo iluminado. Do lado direito, indiferentes aos gritos de "ninguém pára o Benfica", aos pregões dos vendedores de castanhas, aos cânticos dos ingleses, dezenas de crianças vestidas à Benfica treinavam como sempre treinam aquela hora.
Da varanda do primeiro andar do edifício das lojas e dos restaurantes, grupos de jovens alcoolizados benfiquistas entravam em despique com um grupo de ingleses que tinham uma faixa enorme presa à grade que dá para o relvado das escolinhas. Dentro do edifício existia o bulício habitual mas em grande. Mesas pejadas de copos de plástico de cerveja por todo o lado, os restaurantes a abarrotar, os empregados numa correria para todo o lado. Ainda confraternizei com um grupo de ingleses sentados à volta de um cilindro de cinco litros de cerveja. Um trazia uma bandeira irlandesa ao pescoço, outro vestia uma camisola verde com o rosto do George Best. Bastou um elogio à t-shirt para ouvir um adepto entroncado, rosado, o crânio em jeito de pittbull, a espuma da cerveja ainda nos lábios: "Hoje vamos homenagear o George Best e o jogo que ele fez aqui em 68". Sorri, despedi-me e temi que fosse verdade.
Aquele golo estranho e a frio do Paul Scholes aos seis minutos foi como uma chamada à terra, à dura realidade. Pensei: Aqui está o grande Manchester United preparado para humilhar um Benfica desfalcado. O Estádio até aí em festa gelou. Olhei para o lado esquerdo da Bancada Coca-Cola, vi a festa dos "away supporters" e disse para comigo "estamos feitos".
But then...miraculosamente, de forma tremenda e como já não via há muitos anos, o Estádio da Luz ressuscitou das cinzas, acreditou nos jogadores e continuou a apoiá-los. O voo do Geovanni empurrando a bola para dentro da baliza foi o fósforo que faltava para incendiar a noite.
Nem Wayne Rooney nem Van Nistelroy nem muito menos um desnorteado Cristiano Ronaldo conseguiam nadar naquela atmosfera delirante. O petardo de fora da área do mal amado Beto arrumou com eles.
A noite era nossa, de festa total nas bancadas. Na noite fria e húmida de 7 de Dezembro de 2005, regressava oficialmente o "inferno da Luz".
Adeptos ingleses
Exceptuando a festa do golo de Paul Scholes, quase não se deu pelos adeptos do Manchester United. Sinal de que também eles ficaram rendidos à exibição de um Benfica surpreendente e abafados pela barulheira infernal do Estádio da Luz.
O público da Luz
Não se calou do primeiro ao último minuto, incentivando os jogadores do Benfica sempre que surgia um contra-ataque e massacrando os jogadores ingleses com assobiadelas e vaias sempre que pegavam na bola.
A turma brasileira
Uma palavra muito especial para a turma brasileira do Sport Lisboa e Benfica e em particular para o Geovanni, Beto, Andersson, Luisão, Leo, Alcides. Pessoal, muito obrigado, viu?
Uma noite para a História
Estes dois senhores pertencem à história do futebol mundial e fizeram questão de não faltar à festa
Audiência televisiva
Desde o início da época 2005/06, o jogo Benfica-Manchester United foi a partida vista por mais telespectadores. Porque será?
Memorabilia